“Receber uma renda extra é um momento
de muita expectativa para a maioria das pessoas. O primeiro
pensamento que vem à cabeça é: ‘onde gastar esse dinheiro?’, mas o
mais importante neste momento é conhecer a realidade financeira,
analisando se está endividado, equilibrado ou em situação de
investidor, para utilizar o valor da forma mais adequada”, orienta
Anderson Gonçalves.
Confira abaixo orientações para quem está em situação de
inadimplência, de equilíbrio financeiro e também para quem já tem o
hábito de investir.
Em situação de inadimplência
Caso o valor a ser resgatado seja suficiente para quitar alguma
dívida em atraso totalmente, é interessante agir dessa forma. Mesmo
assim, é válido negociar e conseguir descontos, diminuindo parte da
dívida, para então fazer o pagamento à vista. Por outro lado, se
não for para quitar 100% da dívida, avalie a opção de investir o
valor para ter força para negociar no futuro.
De uma forma ou de outra, o principal a ser feito nessa situação
delicada é se educar financeiramente, ou seja, mudar seu
comportamento para não mais retornar à inadimplência. O primeiro
passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos
os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida –
agora ou no futuro – em parcelas quem respeitem o orçamento
mensal.
Em situação equilibrada ou de
investidor(a)
Ainda não ter um objetivo estabelecido para o uso dessa renda extra
é preocupante, pois na ausência de uma meta, o valor pode acabar
sendo utilizado em compras supérfluas e de pouca importância, ao
invés de contribuir para a conquista de um sonho. Cada pessoa deve
ter no mínimo três: um de curto prazo (a ser realizado em um ano),
outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo
(a ser realizado a partir de dez anos).
Tanto na situação de equilibrado ou de investidor, é orientável
fazer o saque das contas inativas assim que possível e aplicar o
valor em investimentos como poupança, CDB ou tesouro direto, entre
outras, que rendam mais do que o FGTS. A modalidade escolhida
precisa corresponder ao prazo em que se deseja realizar o sonho,
tendo em vista a possibilidade de resgatá-lo no momento desejado
sem perder rendimentos.