No Seguro de Automóveis são inúmeras
as formas de fraudes utilizadas, desde as omissões ou informações
incorretas no momento da contratação do seguro até o agravamento no
sinistro e simulações de roubos.
Segundo Carlos Valle, diretor da
Federação Nacional dos Corretores de Seguros, as fraudes mais
comuns no seguro auto estão presentes na hora da contratação e no
momento da liquidação do sinistro. “A falta de clareza nas
informações no momento da contração é o que vai nortear o custo do
seguro. As pessoas omitem e muitas vezes modificam as informações,
objetivando pagar menos”.
Para Carlos, ao cometer uma fraude, a
população é a maior prejudicada. “O preço do seguro é calculado
exatamente por conta da sua sinistralidade. Então, quanto maior a
sinistralidade, maior o preço do seguro. Ou seja, a fraude que foi
cometida por um indivíduo, no final das contas, quem paga somos
nós”.
Outro exemplo de fraude no seguro auto
está nos sinistros. Muitas pessoas se aproveitam do momento para
agravar o sinistro, incluindo avarias decorrentes de outros
acontecimentos. Quando a fraude é descoberta, o segurado perde o
direito a cobertura do sinistro e perde o direito a apólice. E se
um terceiro tenta fraudar com a conivência do segurado, o titular é
considerado um fraudador.
Para evitar problemas como os
mencionados acima, Valle reforça a importância do Corretor se fazer
presente em todo o processo de contratação. “O Corretor pode
aplicar um questionário para conhecer os hábitos dos clientes, e no
momento do sinistro, entender como o fato ocorreu. Mas é importante
que o profissional tenha conhecimento para poder conduzir o cliente
de forma correta”.