Veículos autoguiados apresentaram menor risco de colisão, de acordo com agência de tráfego norte-americana
Os carros com tecnologia autônoma são a bola da vez e todas as grandes montadoras estão envolvidas em algum projeto do tipo – a Ford, por exemplo, anunciou que pretende lançar comercialmente seu primeiro carro 100% autônomo até 2021. Uma das marcas pioneiras nessa tecnologia é a norte-americana Tesla, cujos modelos contam com o Autopilot, que praticamente faz o carro rodar por conta própria, embora o motorista tenha de assumir o controle do volante de tempos em tempos, por questão de segurança.
Levantamento feito pela NHTSA, agência norte-americana de tráfego e segurança veicular mostra que carros como o Tesla, que pode rodar sozinho em determinadas situações e por tempo limitado, têm 40% menor risco de se envolverem em acidentes
O dono de um Model S com o Autopilot ativado morreu no ano passado ao bater o sedã em uma carreta em uma rodovia da Califórnia, colocando a tecnologia da Tesla em dúvida. A montadora rebateu, lembrando que o recurso autônomo está em fase beta e requer a intervenção de um motorista de carne e osso.
No entanto, diversos usuários reclamaram nas redes sociais do mau funcionamento da versão atualizada do Autopilot. Um vídeo postado na última semana mostrou que o sistema encontra dificuldades para reconhecer a rota.
Ao que parece, o mercado também confia na eficiência do Autopilot, a despeito de alguns incidentes como o relatado. A companhia de seguros norte-americana Root emitiu um comunicado informando que proprietários de carros da Tesla que usam o recurso têm direito a desconto na apólice.
A seguradora sediada no estado de Ohio tomou como base um relatório da NHTSA ao decidir baixar o valor do seguro de veículos da marca. De acordo com o estudo do órgão governamental, os acidentes envolvendo carros da Tesla caíram 40% após a marca começar a disponibilizar o Autopilot.
Essa tendência de redução nos custos do seguro também vale para outros veículos com recursos semiautônomos dotados de tecnologias semiautônomas de reforço à segurança, como frenagem automática de emergência e piloto automático adaptativo, que regula por conta própria uma distância segura em relação ao carro que trafega logo à frente. À medida que essas tecnologias forem se popularizando, o barateamento da apólice deve ser gradualmente maior.