A AIDA – Associação Internacional de Direto de Seguros organizou um seminário que integrou a 4ª Semana de Educação Financeira, que é uma iniciativa do Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF) para promover a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF). O evento organizado pela AIDA teve co o tema I Seminário: o direito, o seguro e as finanças que aconteceu no dia 11 de maio, no auditório do SindsegSP em São Paulo.
O Seminário foi dividido em seis painéis. O primeiro, que teve a coordenação da Dra. Ivy Cassa e a palestra do Prof. Luis Eduardo, teve como tema: A Previdência como ferramenta de planejamento econômico frente à longevidade. “O planejamento econômico, muitas vezes, é orientado por uma escolha racional em função de objetivos que nós temos, por outro lado ele acaba tendo alguns vieses em função da nossa falta de cuidado com essas escolhas quando olhamos em longo prazo, assim, por exemplo, um plano que nós temos para construir uma aposentadoria tranquila pode ser desvirtuado por uma emoção momentânea de trocar o carro, por exemplo”, explica Bento Zanzini, debatedor do painel.
O segundo painel teve como tema: O Diálogo: ainda a melhor forma de resolução de conflitos. “A judicialização é um equivoco de entendimento entre direitos e deveres, quando o cidadão procura a luta por seus direitos, podem ser direitos de atos constituídos ou podem ser “ações promovidas por oportunidades”, e isso é o que está acontecendo muito hoje, as pessoas mesmo sabendo que os atos não contemplam sua gama de direitos, veem ali oportunidades de beneficiarem da situação, nesse sentido estão promovendo com uma intensidade muito grande a judicialização. Nesses casos, não há dúvida que a melhor forma de resolução é o diálogo”, afirma Alexandre Camillo, palestrante do painel. A coordenação ficou a cargo da Dra. Vivien Lys e como palestrante, Luciano Timm.
O painel seguinte abordou “Desafios da tecnologia para a compreensão do seguro e ética desta relação”. Segundo o palestrante Rodrigo Botti, a tecnologia está e vai continuar transformando de maneira muito forte todo o mercado de seguro, por isso temos que estar atentos, sempre pesquisando sobre as tendências. “A tecnologia hoje já representa um patrimônio para humanidade, não tem volta e ela é uma mola propulsora de toda uma cadeia de consumo. Só que para estarmos bem com toda essa tecnologia não podemos esquecer de alguns princípios e da ética de toda essa relação, porque se de um lado ela traz coisas boas, nós também não podemos deixar de lado o fato de como conviver com a tecnologia e a coletividade, para que isso dê certo é primordi al que tenha o principal componente: a Ética”, conclui Maria Amélia Saraiva, debatedora do painel. A coordenadora foi a Dra. Ana Rita Petraroli.
Já o quarto painel discutiu Seguradora e segurado: relação de cooperação. Os palestrantes foram Dr. Washington Luís Bezerra e Dr. Marcio Malfatti. “Cooperar em sentido amplo, na sociedade como um todo, deveria ser um dogma, mas infelizmente não é. A competição às vezes é maior que a cooperação, e isso é natural entre seres humanos, mas a cooperação é sempre necessária. No meio de seguros a cooperação de mão dupla, tanto do segurado quanto do segurador, tem que ser enorme, pois assim é sempre melhor, caso contrário será pior em todos os sentidos: preços caros, sinistros negados, custos em judicial, entre outros”, explica Malfatti.
“O seguro saúde, solução e não problema” foi o tema do quinto painel. Segundo o palestrante Dr. Antonio Penteado Mendonça, os planos de saúde não são uma despesa e nem luxo, são uma necessidade, principalmente num país como o Brasil. O custo de saúde é exorbitante, por exemplo, um milionário não consegue arcar com os custos de dois meses de UTI. Então o plano de saúde privado tem que ser ensinado, compreendido e assimilado como um produto fundamental para o equilíbrio financeiro da família. A coordenação do painel foi da Dra. Milena Fratin.
O último painel discutiu o tema Bloqueios psicológicos para o consumo do seguro, sob a coordenação da Dra. Ana Rita Petraroli. “Quando a gente pensa em riscos, temos que pensar que a gente pode se invalidar, morrer prematuramente, perder a capacidade de trabalhar conforme os anos de vida vão passando e todos esses são assuntos que geram um desconforto emocional muito grande, então a tendência das pessoas, no primeiro momento, é evitar esse assunto e o contra efeito disso é que elas não param para pensar nas possibilidades, logo elas não se preparam para lidar com essas situações”, explica a palestrante Luciane Fagundes.
“O evento foi de ótimo nível, falamos da parte psicológica, econômica e de direito, ou seja, nós percorremos todas as searas que envolvem o assunto “educação financeira, direito e seguro”. Foi um evento que abraçou todas essas idéias e trouxe esclarecimentos, lógico que muito mais dúvidas, nós saímos daqui muito mais instigados a pesquisar. Agradeço a todos que estiveram presentes, tudo isso serviu para agregar nosso projeto de tornar o seguro cada vez mais conhecido e claro”, disse Ana Rita Petraroli, presidente da AIDA Brasil.