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FenaSaúde explica motivos do reajuste

Fonte: Sincor-SP Data: 25 maio 2017 Nenhum comentário

Os altos custos da área de saúde puxaram o reajuste dos planos de saúde em 13,55%, anunciado pela ANS na semana passada. De acordo com a FenaSaúde, a despesa assistencial per capita, em 2016, foi de 19,17%, o que contribui para o ajuste, e é prejudicial tanto para os consumidores quanto para os planos.

“Os consumidores pagam mais caro para terem acesso a assistência e os planos são obrigados a custearem a escalada de custo do serviço”, revela comunicado da Federação.

Apesar de o ano passado ter mostrado a perda de 1,5 milhão de beneficiários, o número de procedimentos médicos cresceu no mesmo período. Em 2015, foram realizados 759 milhões de exames e 267 milhões de consultas, em 2016, esses números saltam para 917 milhões e 301 milhões respectivamente.

“As operadoras administram os recursos dos beneficiários para pagar todos os fornecedores da cadeia de saúde: médicos, hospitais, laboratórios, tecnologias, medicamentos obrigatórios, órteses etc. Estes agentes da saúde exercem pressão sobre os preços e não se submetem à avaliação e às regras estipuladas pela ANS. Toda essa complexa cadeia pressiona a alta dos custos, sendo uma das causas dos reajustes dos planos de saúde”, pondera a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes.

Cinco fatores cruciais que impulsionam o reajuste, de acordo com a Federação:

• Aumento do uso dos procedimentos e recursos médicos, muitas vezes estimulado pelos próprios prestadores de serviço. Cabe examinar se há necessidade para tal ação que impõe ao paciente a realização de inúmeros exames. • Modelo de remuneração dos prestadores de serviços médicos baseado na quantidade de procedimentos realizados. Ou seja, quanto mais pedidos de exames, consultas e diversos outros procedimentos maior será o retorno financeiro de médicos, hospitais, laboratórios etc. • Desperdícios e fraudes dos recursos no sistema de saúde – por exemplo, na realização de cirurgias com uso de órteses e próteses sem a real necessidade clínica comprovada (Máfia das Próteses). • Incorporação acrítica de novas tecnologias à lista obrigatória de procedimentos a serem cobertos pelos planos. Nesse caso, o avanço da tecnologia é positivo para o cuidado com a vida, mas é preciso analisar se a indicação tem um equilíbrio entre seu custo e sua efetividade, ou seja, se tal procedimento traz, de fato, um melhor resultado efetivo à coletividade em comparação aos já presentes na lista. Toda inclusão traz impacto – a longo prazo – ao valor das mensalidades dos planos, já que a inserção de procedimentos não decorre da substituição dos existentes anteriormente. • Impacto da carteira de clientes no reajuste dos planos de saúde: ou seja, perfis dos participantes; recorte etário desses beneficiários; distribuição geográfica dos planos; redes de prestadores de serviços médicos, se próprias ou credenciadas; entre outros aspectos.

 

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