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Em Portugal, grupo atuava em aeroporto para fraudar seguro

Fonte: CQCS Data: 13 junho 2017 Nenhum comentário

Um grupo de 28 pessoas começou a ser julgado nesta sexta-feira no Tribunal da cidade de Espinho, em Portugal, por um processo relacionado a fraude com falsos furtos de bagagens em viagens de avião. O grupo teria lesado várias seguradoras, chegando a uma quantia de 160 mil euros. As informações são do site local tvi24.

A primeira sessão do julgamento foi marcada por declarações da principal acusada no caso, uma antiga corretora de seguros, de 45 anos, que negou ter praticado os crimes.

A mulher, que foi ouvida na ausência dos acusados restantes, garantiu que não teve qualquer participação no esquema fraudulento, que teria funcionado entre 2011 e 2012, mas admitiu que tinha conhecimento dos fatos e ficou calada.

“Já sabia que não estavam fazendo as coisas da maneira mais correta, mas naquela altura precisava de dinheiro e tinha que me calar”, disse a acusada, esclarecendo que na época dos acontecimentos ela estava de licença.

A acusada disse ainda que a investigação foi “pelo caminho mais fácil”, responsabilizando alguns dos fatos a uma antiga colega de trabalho, coacusada no processo.

A mulher confessou ainda ter recebido “indevidamente” três mil euros de indenização por uma bagagem que deu como perdida, numa viagem de avião realizada em 2010, mas que “efetivamente não foi extraviada”.

O julgamento foi interrompido pelas 17:00, horário local, e irá continuar no dia 30 com a continuação do depoimento da principal acusada.

O Ministério Público refere que os acusados falsificavam documentos de embarque em viagens que nunca chegaram a realizar e depois davam as malas como perdidas para pedir uma indenização às companhias de seguro.

O esquema seria liderado por uma antiga corretora de seguros que “tinha conhecimento de todos os procedimentos” para levar as companhias de seguros “a proceder com o pagamento das indenizações pelos seguros de acidentes pessoais – viagem”.

De acordo com a investigação, as seguradoras pagaram cerca de 160 mil euros que os acusados distribuíram entre si, de forma ainda não apurada.

Os réus estão acusados de mais de duas centenas de crimes de falsificação de documentos e estelionato.

Só a suposta chefe da rede responde por 63 crimes de falsificação de documentos, 49 crimes de estelionato e 14 crimes de tentativa de estelionato.

 

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