Sinistralidade geral se mantém
estável; com expressiva margem, provisões técnicas permanecem
superando arrecadação, fechando junho em R$ 840,8 bilhões
Resiliência permanece como a palavra
que melhor define o desempenho do setor de seguros em meio a um
cenário ainda marcado por incertezas no país. Com arrecadação de R$
117,9 bilhões, o crescimento do mercado de seguros no semestre,
contra igual período de 2016, foi de 3,5%. Descontando a
arrecadação do Seguro DPVAT, cujo volume de prêmios foi reduzido
neste ano por norma do Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP), a evolução alcançou 5,3%, como informam dados divulgados
pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que foram
reunidos pela CNseg e publicados no boletim conjuntural Carta do
Seguro. O resultado no período foi influenciado pelo comportamento
do mercado no segundo trimestre (-5,3%), que reverteu tendência do
trimestre anterior (14,0%). De maio para junho, a variação nominal
do mercado foi de 0,4%.
Ressalte-se dado relevante no
semestre: a sinistralidade geral não sofreu impacto significativo.
As provisões técnicas do setor permaneceram superando com
expressiva margem o crescimento da arrecadação, alcançando 17,3% e
encerrando junho com montante de R$ 840,8 bilhões.
“As maiores taxas, também pela ordem
dos ramos de maior contribuição absoluta, assim se apresentaram:
Automóveis, com 5,8%; PGBL, com 12,7%; Vida Coletiva, com 7,2%;
Vida Individual, com 26%; Habitacional, com 11,7%; Crédito e
Garantias, com 29,3%; Vida Risco Tradicional, com 19,1%, e Rural,
com 17,7%. Contrastando com a recuperação do ramo de Automóveis, os
Planos de Acumulação VGBL diminuíram seu ritmo de crescimento,
mostrando agora evolução de 4,3%, após taxas superlativas em 2016 e
no primeiro trimestre deste ano”, assinalou o presidente da CNseg,
Marcio Serôa de Araujo Coriolano, em editorial da Carta do Seguro.
“Todas as atenções agora se voltam para o comportamento do terceiro
trimestre, na esteira dos fundamentos da economia do País”.
Alinhando as taxas dos ramos do
mercado com maior peso absoluto, os desempenhos abaixo da média no
semestre, comparados com os do mesmo período do ano anterior,
foram: Capitalização, com -4,7%; Grandes Riscos, com -1,9%;
Transportes, com 0,6%; Garantia Estendida, com 1,5%, e Marítimos e
Aeronáuticos, com -23,1%.
Seguem mais números relativos ao
resultado do mercado segurador no primeiro semestre de 2017,
comparados com o mesmo período do ano passado: Seguro de Automóvel:
crescimento de 5,8% (receita de R$ 16,2 bilhões no primeiro
semestre de 2017), comparado a igual período de 2016. Variação
nominal de -1,8% de maio para junho de 2017, com receita de R$ 2,8
bilhões.
Seguro Habitacional: crescimento de
11,7% (receita de R$ 1,8 bilhão no primeiro semestre de 2017) –
Variação nominal de 1,5% de maio para junho de 2017, com receita de
R$ 317 milhões.
Seguros de Responsabilidade Civil:
crescimento de 3,4% (receita de R$ 3,4 bilhões no primeiro semestre
de 2017) – Variação nominal de -1,3% de maio para junho de 2017.
Receita de R$ 612 milhões.
Seguro Viagem: crescimento de 52,9%
(receita de R$ 273,7 milhões no primeiro semestre de 2017) –
Variação nominal de 28,2% de maio para junho de 2017, com receita
de R$ 62,6 milhões.
Capitalização: recuo de -4,7% (receita
de R$ 9,7 bilhões no primeiro semestre de 2017) – Variação nominal
de 12,9% de maio para junho de 2017, com receita de R$ 1,8
bilhão.
Seguro Prestamista: crescimento de 21%
(receita de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2017) – Variação
nominal de 10,8% de maio para junho de 2017, com receita de R$
829,7 milhões.
Seguro Rural: crescimento de 17,7%
(receita de R$ 1,9 bilhão no primeiro semestre de 2017) – Variação
nominal de 32% de maio para junho de 2017, com receita de R$ 448,6
milhões.
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edição da Carta do Seguro