Divulgada no final de maio, uma
tentativa de fraude de seguro de vida teve um novo capítulo
recentemente. Matéria
publicada pelo portal G1 na última segunda-feira (14)
revela que a Justiça concedeu a anulação do óbito de Cristiane da
Silva, de 39 anos, após ela ter sido considerada morta ao cair em
um golpe.
O caso ocorreu em em São Carlos (SP),
onde, segundo investigação da Polícia Civil, quatro pessoas teriam
usado os documentos da mulher e simulado sua morte para conseguir o
dinheiro de 5 apólices de 4 seguradoras. O líder do esquema é um
ex-agente funerário, de 47 anos, que contou com a ajuda do genro,
um corretor de seguros de 25 anos, e sua filha, uma dona de casa de
24 anos, que seria a beneficiária dos seguros.
Um médico que prestava serviços em uma
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Carlos teria expedido a
declaração de óbito oficial.
Segundo a reportagem, em outubro de
2016, o corretor de seguros adquiriu seis apólices de seguros de
vida em nome de Cristiane. A beneficiária seria a dona de casa,
filha do ex-agente funerário. Em janeiro deste ano, o ex-agente
teria convencido o médico a fornecer a falsa declaração de óbito de
Cristiane, que apontava morte súbita como a causa da morte. O
endereço do ex-agente foi colocado como sendo da residência da
mulher declarada morta.
Com o atestado de óbito e
documentação, o ex-agente funerário preparou um caixão, que foi
lacrado, e fez o enterro no cemitério Nossa Senhora do Carmo. Ele
ainda fez o pagamento dos custos do serviço e pagou pelo R$
1.548,18 pelo túmulo.
Os quatro suspeitos estão soltos, e a
polícia ainda ouve alguns testemunhas para concluir o
inquérito.