Seguradoras e corretores têm incorporado de maneira crescente as tecnologias da informação para agilizar a comunicação com seus clientes e poder oferecer mais praticidade no atendimento de suas necessidades. A internet e o uso dos dispositivos móveis significaram um salto nesse sentido. Porém, além dos benefícios no relacionamento entre empresas, corretores e seus clientes, a Insurtech, tecnologia aplicada ao Seguro, traz para o mercado uma ruptura irreversível no modelo de negócios, apontando para novas oportunidades que vão aprimorar toda a estrutura financeira e redesenhar as relações em cadeia.
Assim opera a tecnologia blockchain, também conhecida com ‘protocolo de confiança”, que permite, entre outras coisas, que transações financeiras em cadeia sejam feitas sem a intermediação do Banco Central, ou de qualquer outra instituição encarregada de registrar essas operações. Isso porque permite o registro detalhado e desde a origem das transações com múltiplos agentes envolvidas. Operações do atual mundo globalizado, onde se faz necessária a transferência de valores em escala mundial com segurança.
Nascida com os “bancos virtuais” ela é, segundo um estudo da Mcquinsey and Company, “a espinha dorsal das transações financeiras que utilizam moeda digital”. O mesmo estudo fala das condições estruturais necessárias para adoção desta nova tecnologia e adverte para a necessidade de analisar bem o cenário antes de lançar mão da novidade. Em casos onde a operação conta com um número pequeno de partes envolvidas e tem um intermediário confiável, pode ser vantagem continuar operando com um operador intermediário de confiança. É preciso sobretudo estar familiarizado com a nova tecnologia para ser capaz de convertê-la em benefícios para a companhia e para todas as partes envolvidas. Apesar dos prós e contras, há consenso entre os analistas financeiros que, mesmo não sendo 100% infalível, a utilização do blockchain conseguiu reduzir consideravelmente os danos nos eventuais incidentes operacionais, o que justifica sua aplicação sobretudo para operações que envolvem grandes somas e com um número elevado de envolvidos. Os mesmos afirmam que ela torna mais eficiente a detecção de fraudes e permite automatizar o tratamento de processos de sinistro até o pagamento das indenizações.
Quais seriam hoje as maneiras mais eficazes de aplicar esta tecnologia no mercado brasileiro de Seguros? Será que no futuro teremos seguradoras com operações financeiras realizadas inteiramente por algoritmos?