A Porto Seguro divulgou, na última sexta-feira (10), os resultados do terceiro trimestre de 2017. O lucro líquido da companhia teve um crescimento de 88% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 385 milhões. O ROAE alcançou 23,5%. No 9M17, o lucro líquido atingiu R$ 839 milhões, com um aumento de 35% e o ROAE atingiu 17,2%. No trimestre, o resultado foi favorecido pela venda da participação do IRB (Brasil Resseguros S.A.) no valor líquido de R$ 126 milhões. Desconsiderando esse efeito e igualando a base tributária dos períodos (houve benefício fiscal no 2T17 devido a mudança no cronograma de crédito de JCP[1]), o lucro trimestral seria 27% maior e o lucro acumulado aumentaria em 5% (2017 x 2016).
A seguradora também obteve um resultado positivo das aplicações financeiras, recuperando as perdas do trimestre anterior e obtendo a melhor performance em relação ao CDI em 2 anos.
Na operação de seguros, os prêmios auferidos evoluíram 3% no trimestre e 2% no acumulado. No seguro de automóvel, a Porto Seguro obteve um crescimento de prêmios consolidado de 3% no 3T17, favorecido pelos reajustes de preços, enquanto o número de veículos segurados reduziu 5% (vs. 3T16), impactado pela maior competitividade e menor demanda. Contudo, o mercado já mostra sinais de recuperação, com um aumento nas vendas dos veículos novos em 8%. Nos outros seguros, os prêmios dos produtos de Saúde, Odontológico, Vida e Transporte apresentaram crescimento de mais de 10% no trimestre.
O índice combinado de seguros reduziu 1,5 p.p. no 3T17, atingindo 96,4% devido ao decréscimo da sinistralidade em 1,7 p.p., principalmente no seguro de auto das marcas Azul e Itaú, em decorrência dos reajustes de preços realizados. Também, no segmento patrimonial, a sinistralidade foi menor, beneficiada pela baixa incidência de eventos climáticos. O índice consolidado de despesas administrativas e outras despesas/receitas operacionais permaneceu estável no trimestre.
As receitas das empresas Financeiras e de Serviços subiram 10% no terceiro trimestre, intensificadas essencialmente pela expansão dos negócios de Cartão de Crédito, Financiamento e Telefonia Móvel. O indicador de inadimplência das operações de crédito encerrou o trimestre em 4,9%, permanecendo 1,9p.p. melhor em relação à média de mercado.
O resultado financeiro sem considerar a venda das ações do IRB apresentou uma leve redução de 4% no trimestre (vs. 3T16), em consequência da queda do CDI médio em 35%.
As aplicações financeiras superaram o benchmarking, basicamente devido ao desempenho dos ativos de renda variável e posições atreladas a juros. A rentabilidade trimestral da carteira (ex. previdência) foi de 3,0% (134% do CDI) e de 8,8% (109% do CDI) nos nove primeiros meses do ano.
Principais Destaques
· Receitas totais cresceram 5% no trimestre e 4% no acumulado do ano em comparação ao mesmo período do ano anterior.
· Crescimento de 3% nos prêmios auferidos de seguros no terceiro trimestre e 2% nos nove primeiros meses do ano.
· Lucro líquido no 3T17 de R$ 385 milhões (+88%) e de R$ 839 (+35%) milhões no 9M17 – sem business combination.
· O ROAE atingiu 23,5% (+10,0 p.p.) no trimestre e 17,2% (+3,3 p.p.) no 9M17 – sem business combination.
· Ajustando o resultado, desconsiderando a venda das ações do IRB no terceiro trimestre e o crédito do JCP no segundo trimestre, o lucro líquido recorrente do 3T17 seria de R$ 259 milhões (+27%) e o ROAE de 16,1% (+2,6p.p.). No ano, o lucro líquido recorrente atingiria R$ 651 milhões (+5%) e o ROAE 13,6% (-0,3 p.p.) – sem business combination.
· Índice combinado de seguros alcançou 96,4% (-1,5 p.p.) no 3T17 e 97,7% (-1,3 p.p.) no 9M17. O índice combinado ampliado foi de 90,5% (-0,6 p.p.) no 3T17 e de 92,0% (+0,5 p.p.) no 9M17.
· Resultado financeiro total de R$ 474 milhões no 3T17 (+67% vs. 3T16) e de R$ 977 milhões no 9M17 (+3% vs. 9M16). Excluindo o evento do IRB, o resultado financeiro seria de R$ 273 milhões no 3T17 (-4%) e de R$ 776 milhões no 9M17 (-18%).
· O resultado das aplicações financeiras sem considerar recursos de previdência atingiu R$ 238 milhões no 3T17 (-6% vs. 3T16) e R$ 660 milhões no 9M17 (-17% vs. 9M16), correspondendo a uma rentabilidade de 3,0% (134% no DCI) no trimestre e de 8,8% (109 do CDI) no acumulado do ano.