Médicos servidores do Estado de São Paulo, reunidos em assembleia em 29 de agosto, discutiram a situação salarial da categoria. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes, a situação é “degradante é imoral, com salários baixos, falta de profissionais e péssimas condições de trabalho”.
Diante deste cenário, os especialistas iniciaram uma campanha estadual em defesa da implantação do piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), fixado no valor de R$ 9.188,22, por uma jornada de 20h semanais de trabalho.
O piso passou a vigorar em 1º de janeiro, conforme atualização monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – (INPC), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – (DIEESE), cujo índice acumulado em 2010 foi de 6,91%. Este valor deve servir como parâmetro para reivindicações em dissídios, convenções, acordos coletivos de trabalho e demais negociações em todo País.
Devido à insatisfação, alguns movimentos foram iniciados no intuito de melhorar as condições de trabalho como exemplo:
• Em Ribeirão Preto, onde os médicos assistentes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP estão em greve desde 29 de junho;
• Reivindicam equiparação salarial com os profissionais do Hospital Estadual de Ribeirão Preto e a Mater, dois outros hospitais públicos estaduais;
• No Emílio Ribas, a categoria reivindica o dobro do valor do plantão; correção do prêmio incentivo e revisão do salário base tendo como referência o piso da Fenam. Para se ter uma ideia há dificuldades de contratação de plantonista para trabalhar na UTI do hospital Emílio Ribas, que paga R$ 670,00 (bruto).
• No Hospital Estadual de Bauru, gerido pela Organizações Sociais FAMESP de Botucatu. Os profissionais exigem aumento salarial de 30% (estão há 3 anos sem reajuste); valor do plantão presencial de R$ 1.200,00; plantão a distância 13 do presencial; reajuste do valor do adicional de insalubridade, que é calculado hoje sobre o salário mínimo nacional.
• No hospital do Servidor Público Estadual, na Capital, também há negociações em curso.
Será realizada uma próxima assembleia no dia 12 de setembro, às 20h, na sede do Simesp.