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Audiência no TST afirma mudança do plano de saúde nos Correios

Fonte: Causa Operária Data: 26 fevereiro 2018 Nenhum comentário

Na tarde do último dia 22, o ministro do TST (Tribunal Superior do trabalho), Aloysio Corrêa da Veiga, realizou audiência de conciliação entre os “representantes” dos trabalhadores dos Correios e a direção golpista da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) sobre a cláusula 28° do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) da categoria.

Na campanha salarial passada, 2017/2018, os sindicalistas do Bando dos Quatro (PT, PSTU, PCdoB e diretoria do Sintect-MG- LPS) dos Correios orientaram os trabalhadores dos Correios encerrarem a greve e aceitarem o acordo proposto pela ECT/TST de reajuste miserável de 2.07%, pagamentos dos dias de greve e jogar a cláusula do plano de saúde para ser decidida pelo ministros do TST.

Essa audiência realizada no dia 22 é o resultado do acordo assinado no ano passado. Diante dessa orientação, o TST convocou as partes para definir o principal benefício da categoria.

Apesar dos trabalhadores terem realizado a greve, principalmente para defender esse benefício, a greve terminou sem a definição da questão, e a situação foi para um terreno desfavorável ao trabalhador, ou seja, colocar nas mãos e cabeça dos ministros do TST, que de antemão já haviam declarado que a direção da ECT tem razão em propor a destruição do atual plano para estabelecer a cobrança de mensalidades e exclusão de direitos.

Nesse sentido, a audiência de conciliação, apesar de ser realizada por um ministro (Aloysio Côrrea que dizia querer ajudar os trabalhadores, apresentou uma proposta que mantém em quase tudo os interesses da ECT, como o pagamento de mensalidades e a exclusão de pais e mães do plano de saúde.

A proposta estabelece que as mensalidades do plano de saúde para categoria será estabelecida em cima de um montante de R$ 300 milhões de reais,  pais e mães não poderão ser mais incluídos no plano, sendo que os que já estão terão que pagar uma mensalidade maior.

Ou seja, é a proposta de que os trabalhadores perdem o direito adquirido, sendo obrigados a custear nesse primeiro momento com o custo do plano em seus rebaixados salários.

O ministro concedeu 10 dias para a categoria aceitar essa proposta, caso contrário, a cláusula 28° do ACT, assinado pelo Bando dos Quatro será julgado pelo TST no dia 12 de março.

A audiência deixou claro que os ministros do TST estão preocupados em ter que atacar um direito importante do trabalhador dos Correios sem o aval da categoria, por isso da tentativa de levar os trabalhadores aceitar pacificamente o fim de seu próprio benefício.

No entanto, independente de aceitar na audiência, ou no julgamento, o plano de saúde dos Correios, com essa proposta está caminhando para seu fim, com pagamentos de mensalidades que levará a uma situação insustentável em futuro próximo, diante da miséria salarial que a categoria recebe.

Diante disso só cabe a luta, que está fora de cogitação por parte dos sindicalistas do Bando dos Quatro, que já entregou a decisão do plano nas mãos dos ministros golpistas do TST.

Os trabalhadores precisam reagir com uma greve por tempo indeterminado, enfrentando agora o TST, já que, ao contrário do que os sindicalistas do Bando dos Quatro tentam convencer os trabalhadores dos Correios de que decisão de juiz não se contesta, se cumpre, essa decisão deve ser contestada firmemente, já que trata de um direito adquirido,  da saúde da categoria e de seus familiares.

 

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