Aumentou em 65,6 mil o número de usuários de planos de saúde médico-hospitalares em março, comparado a fevereiro, totalizando 47,4 milhões de beneficiários no país. Em relação ao mesmo período do ano passado, o incremento foi de 128 mil pessoas, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ainda de acordo com a agência, os números apontam uma tendência de estabilidade no setor.
No Rio, no entanto, apesar de uma ligeira alta em relação a fevereiro — 5,48 milhões contra 5,46 milhões — a comparação anual continua registrando retração. Em março de 2017, o mercado local era composto por 5,52 milhões de beneficiários. O que representa que 38.810 pessoas deixaram de ser usuárias da saúde suplementar no estado. Nos últimos cinco anos, o número de usuários de planos de saúde no estado encolheu cerca de 12%.
O desempenho do estado do Rio no setor pode ser explicado pelos altos índices de desemprego, já que hoje 80% dos planos ativos no mercado são corporativos. Em 2017, foram fechadas mais de 90 mil vagas com carteira assinada no estado, o pior desempenho do país, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Em março, quando foram criadas 56.151 empregos com carteira assinada no Brasil, o Rio teve um saldo positivo de apenas 247 postos de trabalho.
O crescimento no número de beneficiários da saúde suplementar foi observado pela ANS em 17 dos 26 estados brasileiros:Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. O maior crescimento em números absolutos foi registrado em São Paulo, onde aumentou em 35,6 mil os usuários da saúde suplementar.
Os planos exclusivamente odontológicos mantiveram a trajetória de crescimento, com alta de cerca de 120 mil usuários na comparação com o mês anterior e de 1,3 milhão em relação a março de 2017. Atualmente, este segmento tem 23,2 milhões de beneficiários.