A senadora Rose de Freitas (Pode-ES) manifestou preocupação nesta terça-feira (22) com a falta de políticas públicas adequadas ao envelhecimento da população. O aumento do percentual de idosos, lembrou a senadora, é uma tendência irreversível nas próximas décadas, o que impõe novos desafios ao Estado de modo a assegurar a rede de proteção social. Ela observou que isso terá grandes efeitos na saúde pública e no equilíbrio orçamentário.
Rose de Freitas lamentou a situação do Sistema Único de Saúde (SUS), que a seu ver tem falhado no cumprimento de suas obrigações mais básicas. A senadora mencionou as longas esperas por exames e a falta de geriatras na rede pública, comprometendo principalmente a saúde de quem precisa de maiores cuidados na maturidade.
A senadora sublinhou que o estado do Espírito Santo tem 13% da população com 60 anos ou mais, estando a grande maioria “à mercê da sorte” no SUS. A situação de dependência da saúde pública é se repete pelo país, afirmou Rose de Freitas.
— Em Rondônia, cerca de 84% da população idosa depende totalmente do SUS. No Maranhão e no Piauí, o percentual ultrapassa 90%. Mesmo nos estados da Região Sul, onde os indicadores sociais costumam ser melhores, o número de idosos cobertos por planos de saúde é relativamente pequeno — disse Rose de Freitas.
Ela ainda protestou contra a recorrente falta de medicamentos na rede pública no Espírito Santo e disse esperar que o próximo presidente da República seja capaz de enfrentar os problemas do SUS.