Nem mesmo a desvalorização do dólar abalou o crescimento das
exportações da indústria brasileira da saúde, nesse primeiro
semestre de 2011, quando o setor exportou US$ 338 milhões, um
crescimento de 8% em relação ao ano passado. Em 2010, as vendas
internacionais de equipamentos para a saúde representaram 13,2% do
faturamento total da indústria, movimentando US$ 633 milhões. O
objetivo é atingir U$ 696 milhões até o final de 2011 e U$ 1 bilhão
em exportações até 2015.
No primeiro semestre, o segmento que mais exportou foi o de
insumos – US$ 164 milhões -, com um crescimento de 6% em relação ao
mesmo período do ano passado. As melhores taxas de crescimento no
período foram conseguidas pelos setores de radiologia (24% com
negócios de US$ 13 milhões), equipamentos médicos-hospitalares (18%
com vendas de US$ 33 milhões) e implantes (13%, com US$ 58 milhões
vendidos para o exterior).
Os artigos mais exportados, neste mesmo período, foram: pensos
adesivos (U$ 44 milhões), categutes esterilizados para suturas
cirúrgicas (U$ 32 milhões) e válvulas cardíacas (US$ 26
milhões).
Segundo o diretor da Abimo, José Augusto Queiróz, devido a
fortes investimentos em pesquisa, inovação e desenvolvimento, o
Brasil vem conseguindo conquistar novos mercados, e os nossos
produtos são reconhecidos como confiáveis e por uma ótima relação
custo-benefício.
Expansão
A expansão do primeiro semestre de 2011 segue a média de
crescimento obtida nos últimos anos. Trata-se de um crescimento
sustentável, fruto da maturidade da indústria que, para competir
com os importados, investiu em inovação e tecnologia, tendo como
resultado maior competitividade.
Os números positivos refletem também o sucesso da principal ação
de apoio à exportação que a ABIMO mantém em parceria com a Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil), o Brazilian Health Devices.
De acordo com a gerente de projetos internacionais da Abimo,
Paula Portugal, há 10 anos é mantida esta parceria com a
Apex-Brasil. Ela conta que hoje o projeto atende a 145
empresas, muitas das quais não exportavam antes de participar das
ações de incentivo às exportações
O crescimento das exportações nos 10 anos de projeto PSI foi de
232% e o número de países que compram produtos brasileiros passou
de 40 para 180. Nesse período, a indústria brasileira preparou-se
para atender a demanda externa e demonstrou flexibilidade e
agilidade na produção e evolução no design, mantendo a relação
custo/benefício.
Depoimentos de empresas participantes que aumentaram
significativamente suas exportações. O gerente de exportação da
Magnamed, disse que a organização procura visitar os distribuidores
internacionais de modo a proporcionar-lhes auxílio referente às
dúvidas existentes nos produtos, apoio comercial para o cliente
final, dando-lhes maior conforto sobre o produto adquirido,
procurando sempre manter a imagem da empresa e dos produtos
fabricados.
Para a diretora de exportação da
Erwin Guth, as estratégias têm que ser modificadas de tempos em
tempos, mas um dos fatores que definitivamente contribuíram para o
aumento das exportações foi a nossa aproximação com os clientes,
criando um vínculo de cumplicidade e confiança.