O banco Itaú Unibanco deu mais um
passo para tornar sua corretora de seguros uma plataforma aberta de
distribuição de produtos e anunciou uma parceria para a venda de
planos de saúde da operadora Amil.
Até o ano passado, a corretora
vendia apenas produtos da seguradora do Itaú. Neste ano, no
entanto, ela se tornou uma distribuidora de apólices de outras
empresas também, seja pela rede de agências, pelo celular e,
segundo os planos no futuro, em um site aberto aos clientes.
Nos últimos anos, o banco Itaú
decidiu sair de alguns negócios de seguros, como os grandes riscos,
focando em proteção para pessoas físicas. Durante esse processo, os
executivos perceberam que os clientes estavam procurando seguros em
outras empresas. Então, decidiram lançar a plataforma aberta de
distribuição, pela qual a corretora ganha uma taxa para distribuir
produtos de terceiros.
Esse tipo de parceria ocorre entre
outros bancos e seguradoras também, mas normalmente há compromisso
de exclusividade.
No total, a corretora do Itaú já
fechou parcerias em 13 tipos de seguros, com nove empresas
diferentes. Como exemplo, em seguros de carro há uma parceria com a
seguradora Porto Seguro; em planos odontológicos, com a Metlife; na
cobertura para celulares, com a Chubb; e em seguro de vida, com a
Prudential.
De acordo com Luiz Fernando Butori,
diretor do Itaú Unibanco, a corretora começou fazendo parcerias com
foco nos mercados em que não atuava, mas já passou a oferecer
produtos que competem com os da seguradora do Itaú. "Nós ganhamos
nesse processo, porque estamos atingindo um mercado que antes não
tínhamos", afirmou o executivo ao Valor. Com a nova
estratégia, o banco já viu
crescimento de vendas de 40% em alguns produtos.
A parceria com a Amil começará com
a venda de planos de saúde em 52 agências do banco em São Paulo e
em Guarulhos, as quais têm um consultor de seguros. Mas o cliente
também poderá contratar por meio do atendimento remoto de um
corretor, caso sua agência não possua o profissional no local.
O produto oferecido será um plano
de saúde individual, com cobertura regional e foco nas pessoas
físicas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).
O diretor-executivo de Crescimento
da Amil, Mário Saddy, diz que o plano de saúde é um produto em que
a venda precisa ser mais consultiva e, portanto, a parceria deve
demorar em torno de um ano para estar mais madura. "No primeiro
trimestre de 2019 a ideia é oferecer também o plano de saúde para
micro e pequenas empresas na parceria", afirmou.