Marcio Coriolano faz palestra
na última etapa do Conexão Futuro Seguro
Rio de Janeiro, 13 de
novembro – O Presidente da CNseg, Marcio Coriolano,
afirmou que o setor de seguros superou agruras em um ano ameaçador
e reforçou atributos estratégicos para permanecer sólido durante e
após a pandemia. Agora colhe os frutos de iniciativas relevantes,
como a colheita digital, e se prepara para um ciclo mais dinâmico
de negócios a partir de 2021. Suas considerações foram feitas
como convidado para proferir palestra de abertura da última etapa
do evento Conexão Futuro Seguro, promovido pela Fenacor, Sincors e
Escola de Negócios e Seguros e encerrado nesta
quinta-feira (12) à noite.
Entre os atributos do setor, Marcio
Coriolano destacou a reconhecida solvência, a concorrência
crescente, a criatividade em soluções e o progresso tecnológico. E
mais: lideranças, gestores e equipes experientes, preparadas e de
excelência; representações institucionais organizadas,
transparentes e combativas; uma rede de distribuição que “nenhum
outro País pode sonhar”; a solidariedade do mutualismo e o espirito
de servir.
Para ele, o seguro, colocado à
prova nos últimos oito meses da pandemia, suplantou rótulos, como o
de setor atrasado, e encerra o ano enfileirado entre atividades
modernas, competitivas e avançadas tecnologicamente.
Confiança incondicional, adquirida
ou renovada dos clientes, que enxergam o seguro como proteção para
pandemias e outros problemas de uma era de incertezas, e
seguradores, corretores e profissionais de seguros prontos para
responder demandas e sonhos dos segurados estabelecem um elo
perfeito à evolução contínua do mercado, na opinião de Marcio
Coriolano.
Uma retomada, aliás, já exibida nos
números de setembro do mercado, mês da virada para o terreno
positivo no acumulado do ano, enquanto a maioria das atividades
econômicas ainda em dificuldades.
Ainda assim, 2020 será lembrado
como ano que dificultou o retorno a uma taxa anual de crescimento
de dois dígitos, a exemplo de 2019. “Todos os ramos de seguros
cresceram em 2019 e conquistamos uma evolução real de inéditos 9%”,
lembrou ele, para quem, não fosse a eclosão da pandemia, o setor
provavelmente superaria uma taxa de crescimento de 12% neste ano,
possibilidade emperrada após dois meses difíceis (abril e maio) e
uma gradual recuperação a partir daí. “Desde então, o mercado de
seguros reage positivamente, principalmente nos Ramos de Vida,
Residencial, Crédito e Garantias, Rural”, pontuou.
Em um ano em que a crise de
mobilidade, seguida de severa recessão, refletiu-se duramente em
setores chaves para o seguro, como o de veículos, comércio e
serviços, o retorno gradual das atividades permite uma reação dos
ramos de seguros proporcional aos segmentos aos quais se destinam
as coberturas, criando boas expectativas.
Embora severa, a crise econômica
brasileira seria ainda mais profunda, não fosse a rede de socorro a
empresas e famílias a cargo do governo. “O baque seria
inimaginável”, declarou. Ele também pontuou o papel relevante do
órgão regulador durante a pandemia. “A Susep, depois de alguns
iniciais acenos regulatórios que preocuparam, recuperou uma
agenda de desburocratização historicamente pedida pelo setor
segurador. Como está ocorrendo nos seguros de grandes riscos e
massificados. E com regras de proporcionalidade e de melhor
alocação de ativos. A modernização regulatória tem facilitado nossa
travessia”, sinalizou.
Por fim, há os efeitos da revolução
silenciosa do mercado (fusões, incorporações, venda de carteiras
não estratégicas, acordos para diversificar produção entre grupos
outrora concorrentes), cuja consequência foi ampliar o número de
empresas-líderes e disponibilizar novos produtos e serviços,
destacou Marcio Coriolano.