A
Susep colocou em consulta pública minutas de normas que, segundo a
autarquia, quando implementadas, irão permitir que consumidores
acessem e compartilhem seus dados com outras seguradoras ou
terceiros, de “forma segura, ágil, precisa e conveniente”, através
do Open Insurance. Esses dados poderão ser utilizados para
desenvolver produtos e serviços inovadores que atendam às
necessidades atuais e futuras dos consumidores. “Poderemos ver
consumidores anteriormente com pouco ou nenhum acesso, mas com
disposição ou necessidade para aquisição de produtos de seguro,
podendo obter coberturas customizadas, mais baratas e sentindo-se
capacitados para interagir com os diversos atores dos mercados de
seguros e previdência”, projeta a superintendente da autarquia,
Solange Vieira, em comunicado publicado no site da Susep.
Ela
acrescenta que as mudanças trazidas por esse novo ecossistema do
Open Insurance também irão melhorar a forma como clientes, em
especial pessoas naturais e pequenas e médias empresas, geram as
suas finanças, como as empresas interagem entre si e com os seus
clientes, além de promover a inclusão financeira, a democratização
do acesso a produtos de seguros e previdência e de transformar a
concorrência no mercado.
Já o
diretor da Susep, Eduardo Fraga, explica que é crucial garantir ao
mercado de seguros o espaço e o ambiente adequados para ajudar a
transformar esse conceito do Open Insurance em realidade,
empoderando os consumidores. “A Susep tem se mostrado empenhada em
se envolver com o Open Finance de uma forma que gere benefícios
indiscutíveis para o consumidor e, por consequência direta, para o
mercado como um todo, ampliando ainda mais sua penetração,
cobertura e transparência.”, comenta Fraga.
Por
sua vez, o coordenador da Susep, Thiago Barata, lembra que, a
partir da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, o consumidor
passou a ser o dono dos seus dados. Nesse contexto, o Open
Insurance surge para operacionalizar essa nova realidade no setor,
convergindo os interesses de todos os envolvidos no sistema.
Afinal, com o novo ambiente, as empresas do setor terão um sistema
seguro e eficiente para “o compartilhamento de informações
requisitadas pelo cliente, estando assim em compliance com a Lei e
a nova regulamentação”.
Barata explica ainda que os
segurados poderão, a partir de sua avaliação, optar pelo
compartilhamento de seus dados e encontrar soluções mais aderentes
ao seu perfil. “E novos negócios poderão surgir fornecendo novas
soluções para os consumidores, tanto empresas quanto pessoas
físicas.”, completa.
As consultas públicas têm como base
as minutas de futuras resolução (do CNSP) e circular (Susep) que
regulamentam o Open Insurance e ficarão abertas para o envio de
sugestões e comentários até o dia 25 de maio.