De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados, a Susep, os títulos de Capitalização continuam crescendo acima dos dois dígitos e registraram alta de 17,25% no primeiro semestre de 2022, no comparativo do ano anterior. O resultado positivo fez o setor atingir, em junho, R$ 13,56 bilhões em receita.
Os títulos de Capitalização se mostram versáteis e adaptados às necessidades do consumidor final, estimulando a disciplina financeira, oferecendo prêmios em dinheiro e a oportunidade de doações para entidades filantrópicas. Houve um volume de recursos da ordem de R$ 10,65 bilhões oriundos de sorteios e resgates. Foram R$ 9,92 bilhões (+3,8%) em resgates e R$ 733 milhões (+15,7%) nos sorteios, que chegaram ao mercado em forma de investimento e consumo até junho deste ano.
Para Marcio Coutinho, presidente interino da FenaCap, outro sinal de robustez financeira do setor são suas reservas técnicas: “Registramos um avanço de 6,2% para o maior patamar da história: R$ 34,7 bilhões. Outro ponto que revela o atrativo dos títulos está ligado ao número de ativos. Hoje, o título é o segundo instrumento financeiro mais conhecido, atrás apenas da poupança. São mais de 11 bilhões de títulos ativos em todo o Brasil”.
Além de crescer no quantitativo total, as receitas avançaram em todas as regiões e estados do Brasil. Por regiões, o Nordeste apresentou o maior crescimento (28%), seguido do Norte (26%), do Centro-Oeste (22%), do Sul (16%) e do Sudeste (15%). Todos os estados, mais o Distrito Federal, tiveram evolução de dois dígitos nos primeiros seis meses de 2022 comparada a igual período do ano passado.
“São boas notícias e seguimos com o desafio de rejuvenescer a nossa base de clientes e estreitar ainda mais o relacionamento para atrair mais fãs da Capitalização. Mas entendemos que aprimorar os mecanismos de aproximação com o consumidor e oferecer soluções mais ágeis e completas serão determinantes para a sustentabilidade do mercado. Há um próspero caminho pela frente, continuamos resilientes e otimistas”, analisa Marcio Coutinho.
Quanto aos clientes, seguem contribuindo para o crescimento das categorias mais tradicionais que movimentaram R$ 9,9 bilhões. Foram seguidos por Filantropia Premiável (R$ 1,58 bilhão); Instrumento de Garantia (R$ 1,5 bilhão); Incentivo (R$ 427 milhões) e Popular (R$ 183 milhões).
A Filantropia Premiável registrou crescimento de 15,5% sobre igual período de 2021, totalizando R$ 1,58 bilhão. Com isso, o volume de recursos direcionado às organizações filantrópicas foi de R$ 720 milhões, 24,7% acima do valor repassado em 2021.
Para o segundo semestre, a Fenacap espera que a Capitalização continue ganhando espaço no cotidiano dos brasileiros com sua missão de ser uma importante ferramenta de disciplina financeira, geração de reserva de valor e a motivação dos titulares dos produtos de participarem de sorteios.