Instituição vai coordenar o banco de dados da Sociedade
Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI),
o que deve acelerar a produção de conteúdo e disseminação de
informações científicas
Há exatos cinco anos o Hospital Albert Einstein realizava o
primeiro implante de prótese aórtica pela técnica minimamente
invasiva, via cateterismo. Daí em diante o procedimento veio se
revelando tão bom quanto o implante via cirurgia, entretanto, o
pouco tempo de uso não o consolida para a indicação generalizada.
De olho neste avanço, o Hospital Albert Einstein (HIAE) assinou um
convênio com a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista (SBHCI), para coordenar o cadastro nacional de
implantes via cateterismo, onde todos os Serviços que já utilizam a
técnica informam seus casos e acompanhamento de seus pacientes.
Na prática, o registro nacional que tem cinco anos de existência
e é preenchido eletronicamente por cada Hospital, terá a
colaboração do HIAE para o seguimento dos pacientes, coordenação e
análises estatísticas.
Comparando com a cirurgia aberta, que conta com mais de 30 anos
de história, a introdução da prótese via cateter demanda menos
tempo de internação, menos sangramento e dor e, ainda, é mais
indicada para os pacientes idosos e/ou com comorbidades, cuja
cirurgia de grande porte costuma ser contra-indicada.
“A importância dessa parceria é que estamos proporcionando
crescimento científico” declara Claudio Lottenberg, presidente do
Hospital Einstein.
Hoje o banco já conta com 418 casos de todo o Brasil, vindos de 18
hospitais, sendo que 84 casos foram realizados no Einstein.
Segundo o diretor de pesquisa do HIAE, Prof. Luiz Vicente Rizzo, “a
confiabilidade da informação e ainda, o que fazer com ela, vai
favorecer a indicação do procedimento por parte dos médicos”.