O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira
(14) que o Ministério encaminhou o nome de Elano Rodrigues de
Figueiredo para ocupar uma diretoria da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) levando em consideração o trabalho desenvolvido
por ele na agência desde 2012. Elano foi nomeado para a diretoria
no dia 27 de julho após passar por sabatina no Senado.
Denúncias publicadas por grandes jornais dizem que ele trabalhou
como advogado para a operadora de planos de saúde Hapvida e omitiu
a informação da presidência. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo,
Rodrigues foi responsável por ao menos 21 processos judiciais
contra a agência reguladora e o Ministério da Saúde durante o
período em que representou a operadora como advogado.
Diante das notícias, o Instituto Nacional de Defesa do
Consumidor (Idec) enviou carta aos senadores da Comissão de
Assuntos Sociais, que aprovaram a nomeação do diretor, pedindo que
a decisão fosse anulada. A Casa Civil encaminhou ofício à Comissão
de Ética da Presidência da República pedindo que analise o
caso.
Segundo o ministro, Elano Rodrigues não atuou em qualquer ação
relacionada às operadoras para a qual ele tenha advogado. “O
Ministério da Saúde já encaminhou toda a documentação para a
Comissão de Ética da Presidência e cabe a ela julgar. Vou me
manifestar sobre isso após esse julgamento da comissão”, disse.
“Queria reforçar que o quê fez o ministério sugerir e encaminhar
esse nome para a direção da ANS foi a experiência do indicado como
diretor adjunto da ANS desde 2012, ele trabalhava na ANS e se
excluiu de qualquer processo ou julgamento de qualquer operadora
onde ele estivesse advogando nos seus 17 anos de carreira, antes de
atuar na ANS”, disse.
A nomeação de Elano Rodrigues foi publicada na edição do Diário
Oficial da União do dia 27 de julho. O profissional estava na ANS
desde 2012, ocupando o cargo de diretor adjunto da Diretoria de
Gestão.