“O foco na
prevenção precisa ser prioridade nacional”, diz especialista, que
apoia a implantação de um conselho nacional de prevenção em saúde
dentro do Obamacare.
Há
diferenças marcantes no cenário americano e brasileiro de gestão da
saúde, sejam culturais ou econômicas, o que exige abordagens
distintas de acordo com os ambientes e dificuldades. Também há
obviamente questões simples que valem para todos: água tratada,
saneamento básico e alimentação saudável (cujas ausências pontuais
são facilmente observáveis inclusive nos EUA).
“São
coisas simples, que precisam ser feitas, mas com profundo impacto:
assistência primária, foco na saúde do próprio indivíduo…
Assistência cara de alta complexidade é importante, mas as medidas
de baixo custo têm impactos fundamentais”, ponderou Frederic
Goldstein, presidente da Population Health Alliance (até o ano
passado conhecida como Continuum Care Alliance), organização
americana do setor da qual a própria ASAP é membro.
O
cenário americano oferece oportunidades particulares para a gestão
de saúde populacional, acredita o executivo, graças ao Affordable
Care Act, conhecido como Obamacare. Com a entrada de uma parcela
considerável da população do país em um sistema já bastante
onerado, torna-se necessário fazer com que esta população recorra
menos ao sistema.
Para
isso, seria necessário incentivar as organizações prestadoras de
serviço à fornecer estímulos atrelados à programas de prevenção
dentro dos planos. Elas seriam recompensadas tanto por controle de
custos como pelo qualidade da assistência – o que exigiria um novo
modelo de pagamento a ser discutido. “O foco na prevenção precisa
ser prioridade nacional”, diz Goldstein, que apoia a implantação de
um conselho nacional de prevenção em saúde dentro do
Obamacare.