Ministro de Relações Institucionais,
Luiz Sérgio, acabou desautorizando o líder do governo na Câmara a
prosseguir na discussão
Apesar do apelo de alguns governadores pela criação de um novo
imposto para a saúde e da posição externada pelo líder do governo
na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), de admitir a
volta do tributo, o governo não quer entrar na discussão. Nesta
quinta-feira (24) o ministro de Relações Institucionais, Luiz
Sérgio, deixou claro que não há possibilidade de o governo bancar
essa discussão.
Luiz Sérgio acabou desautorizando o líder do governo na Câmara a
prosseguir na discussão sobre a criação do imposto para financiar a
área da saúde. "Ele [o líder] não está falando pelo governo porque
não existe dentro do governo esse debate sobre a criação do
imposto. Eu mesmo já liguei para o líder Cândido Vaccarezza e disse
a ele sobre a posição do governo", contou Luiz Sérgio.
Vaccarezza defendeu a volta do tributo, nos moldes da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) extinta em 2008. O
líder chegou a declarar no começa da semana que o imposto poderia
voltar, mas com outro nome e discutido dentro de uma reforma
tributária.
A própria presidenta Dilma Rousseff ouviu, nesta semana, de alguns
governadores nordestinos pedidos para recriar o imposto para
financiar a saúde. De acordo com o governador de Sergipe, Marcelo
Déda, Dilma pediu mais "amadurecimento" sobre o assunto. "Ela
sugeriu abrir uma discussão mais aprofundada sobre essa questão",
disse Deda, após o encontro com a presidenta.
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