Operadoras, farmacêuticas e hospitais
correm atrás de aplicativos específicos para seu core business.
Entenda o funcionamento deles
Depois do lançamento do iPad no ano passado e, agora, do iPad 2, as
empresas correm atrás de aplicativos específicos para o tablet que
atendam o seu core business. As instituições de saúde não poderiam
ficar fora dessa tendência mercadológica.
Os aplicativos para laboratórios farmacêuticos, por exemplo, são
voltados para a equipe de propagandistas, no controle de suas
visitas aos médicos; e vendedores, na entrada de pedidos.
"Dessa forma, os propagandistas conseguem acessar todas as
informações do cadastro médico. Para área de vendas, o pedido do
cliente, seja ele uma farmácia, clínica ou hospital, pode ser
registrado via iPad. Isso elimina grande quantidade de materiais
impressos", explica o diretor de tecnologia da Nuxen, Paulo
Cibella.
No início deste ano, a Eurofarma anunciou a compra de 600 iPads
para sua equipe de propagandistas. De acordo com a Apple,
desenvolvedora do tablet, esta foi a maior compra de uma corporação
brasileira fora do varejo. Atualmente, cerca de 400 propagandistas
estão utilizando o iPad, mas a pretensão da Eurofarma é
disponibilizá-lo para 1700 funcionários até o final do ano.
"O trabalho ficou mais ágil e, só no primeiro ano de uso,
conseguimos economizar 55 toneladas de papel", conta o gerente
de marketing da Eurofarma, Helton Pinheiro.
Outros formas de explorar a tecnologia da Apple está no radar da
farmacêutica. A ferramenta google maps, por exemplo, foi integrada
ao iPad para auxiliar os propagandistas com os endereços de suas
visitas.
Distribuição e hospitais
Segundo Cibella, um distribuidor do mercado de saúde pode adaptar
um software de pedido eletrônico para a tecnologia da Apple.
Já existem mais de 200 aplicativos para a área médica no País.
"O médico já pode baixar ferramentas específicas para doenças
crônicas, por exemplo, pode navegar em 3D pelo cérebro de um ser
humano, utilizando as possibilidades multimídia do iPad, ou ainda
entender o funcionamento de um determinado medicamento. O
profissional pode usar tais aplicativos como referência",
explica Cibella.
Antes do iPad, o smartphone era a preferência das empresas. No
entanto, todas parecem migrar para o dispositivo da Apple devido a
sua facilidade de uso, aos recursos multimídia e por sua
rapidez.
"Não há reclamações. Os feedbacks que eu recebi, até agora,
foram todos positivos. Tenho notado, sim, muitas ideias novas em
prol de sua melhor utilização", diz Pinheiro.
Dificuldades
Outro aspecto que parece consenso no mercado refere-se à escassez
de empresas especializadas no desenvolvimento de aplicativos para a
plataforma da Apple. Apesar do fácil manuseio do aparelho, segundo
Cibella, a programação do mesmo é bastante peculiar. "Tem poucos
profissionais no mercado brasileiro hoje com esse expertise. Muitas
vezes temos que contratar técnicos para, depois, treiná-los para
Apple", conta.
"O uso do iPad é uma quebra de paradigma. Acredito que em 12
meses vamos ter uma evolução muito grande em termos de aplicativos.
Para nós, o céu é o limite quando se trata de iPad", afirma
Pinheiro, da Eurofarma.
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