Receitas das empresas
financeiras e de serviços cresceram 11% no
trimestre
No terceiro trimestre e nos nove meses do
ano, a Porto Seguro obteve crescimento nas principais linhas de
negócio. O resultado da empresa no trimestre já mostra sinais de
melhora, tanto para os negócios de seguros quanto para os negócios
financeiros e serviços. O índice combinado de seguros foi o melhor
do ano, assim como o resultado recorrente dos demais negócios.
Na operação de seguros, os prêmios auferidos
da Porto Seguro aumentaram 5% no 3T16 e 6% no 9M16. O seguro de
auto consolidado das 3 marcas cresceu 3% no trimestre, enquanto o
mercado¹ recuou 3% entre julho e agosto. O número de veículos
segurados atingiu 5,6 milhões (+8%) e o número de vidas no seguro
de pessoas e odontológico evoluiu em mais de 7% nos últimos 12
meses. O índice combinado piorou, atingindo 97,9% (+1,6 p.p.) no
3T16 e 99,0% (+2,7 p.p.) no 9M16, explicado pelo aumento da
sinistralidade.
No trimestre, os sinistros foram
pressionados pelo aumento dos roubos de veículos e pela base de
comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o resultado
foi melhor em relação à média histórica. Além disso, a elevação da
frequência de utilização do seguro saúde também impactou a
sinistralidade. Por outro lado, o índice de despesas
administrativas de seguros recuou em 1,1 p.p., sendo que os gastos
nominais decresceram 3% no trimestre e cresceram menos de 1% no
ano, resultado da melhora na eficiência operacional.
As receitas das empresas financeiras e de
serviços cresceram 11% no trimestre, associadas ao aumento das
vendas do produto de telefonia móvel (Conecta) e dos produtos de
cartão de crédito e financiamento, que retomaram o crescimento com
aumento da lucratividade. O indicador de inadimplência (> 90
dias) da carteira permaneceu aproximadamente 2 p.p. menor em
relação à média de mercado. No ano, o crescimento dos negócios não
seguros foi de 5%.
O resultado financeiro apresentou um aumento
de 35% no trimestre, favorecido por um melhor desempenho das
aplicações financeiras, principalmente decorrentes das alocações em
renda variável e também devido à base de comparação com o 3T15,
quando o retorno apresentado foi abaixo do CDI. A rentabilidade
trimestral da carteira (ex.: previdência) foi de 3,5% (100% do CDI)
e de 11,4% (109% do CDI) nos nove primeiros meses do ano.
Finalmente, o lucro líquido atingiu R$ 205
milhões no trimestre, correspondendo a um decréscimo de 2% em
relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o
lucro líquido atingiu R$ 620 milhões, sofrendo uma redução de
13% (vs. 9M15). O ROAE atingiu 13,5% no 3T16 e
13,9% no 9M16. Entretanto, no 3T15 houve um ganho não recorrente²
no valor líquido de R$ 28 milhões. Desconsiderando esse efeito, o
lucro do trimestre aumentaria em 13% e lucro acumulado do ano seria
10% menor.
¹ Dados (ex-Porto)
disponíveis somente até Agosto/16.
² No 3T15 houve efeitos
não recorrentes referentes ao crédito tributário gerado pelo CSLL
no valor de R$ 51 milhões e aumento de despesas (PDD) do produto
cartão de crédito no valor de R$ 23 milhões, totalizando um efeito
líquido (depois de impostos) de R$ 28 MM.
Principais Destaques
· Crescimento das receitas totais de 6% no
3T16 e no 9M16 em comparação aos mesmos períodos do ano
anterior.
· Aumento de 5% nos prêmios auferidos de
seguros no terceiro trimestre e de 6% nos nove primeiros meses do
ano (2016 x 2015).
· Lucro líquido no 3T16 de R$ 205 milhões
(-2%) e de R$ 620 milhões (-13%) no 9M16 (sem business
combination). Desconsiderando o efeito não recorrente² que impactou
o 3T15, a variação do Lucro Líquido seria de +13% no trimestre e
-10% no acumulado do ano.
· O ROAE atingiu 13,5% (-1,5 p.p.) no
trimestre e 13,9% (-3,7 p.p.) no acumulado do ano (sem business
combination).
· Índice combinado de seguros alcançou 97,9%
(+1,6 p.p.) no 3T16 e 99,0% no 9M16 (+2,7 p.p.). O índice combinado
ampliado foi de 91,1% (+0,9 p.p.) no 3T16 e de 91,5% (+1,9 p.p.) no
9M16.
· Resultado financeiro total de R$ 284
milhões no 3T16 (+35% vs. 3T15) e de R$ 948 milhões
no 9M16 (+24% vs. 9M15).
· O resultado das aplicações financeiras sem
considerar recursos de previdência atingiu R$ 252 milhões no 3T16
(+78% vs. 3T15) e R$ 791 milhões no 9M16
(+44% vs. 9M15), correspondendo a uma rentabilidade
de 3,5% (100% do CDI) no trimestre e de 11,4% (109% do CDI) nos
nove primeiros meses do ano.