Segundo estudo inédito do Instituto
de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e da PwC Brasil, a cada R$
100 pagos pelos planos de saúde em atendimento, R$ 15 correspondem
a fraude. Em 2016, as despesas assistenciais das operadoras
totalizaram R$ 137,1 bilhões, o valor estimado com fraudes foi de
R$ 20 bilhões.
O montante inclui fraudes
praticadas pelos usuários dos planos de saúde, como empréstimo de
carteirinha e reembolso indevido, mas, principalmente, atos dentro
dos hospitais e consultórios, como fatura superestimada, pacientes
fantasmas e procedimentos desnecessários.
De acordo com a PwC Brasil, o valor
entre as fraudes se divide em R$ 11 bilhões em contas hospitalares
e R$ 9 bilhões em exames. O IESS estima que por conta dos delitos,
os custos dos procedimentos médicos acabam custando um terço a mais
do que deveriam.
“As fraudes oneram toda a cadeia,
porque precisa de mais gente para fiscalizar, cria mais burocracia,
etc. No final do dia, tem uma conta a se pagar e pode cair para
quem paga o plano de saúde, principalmente aqueles com
coparticipação”, explica o sócio da PwC, José Figueira.