A colunista Monica Bergamo
informa na Folha de
S.Paulo que um grupo de médicos da Faculdade de Medicina
da USP que estuda os planos de saúde divulgará um manifesto pedindo
que o Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) desative um posto
inaugurado no Fórum João Mendes, em novembro, para “incentivar a
solução amigável entre beneficiários e operadoras” nos casos em que
já exista processo.
A sala tem o nome de “Posto
Abramge”, que é a sigla da Associação Brasileira de Medicina de
Grupo. Ela representa as operadoras.
“A pessoa entra com uma ação e vai
numa ‘sala Abramge’ conversar com a operadora? É o fim da picada”,
diz o professor Mário Scheffer, que coordena o grupo de estudos da
USP.
Segundo o levantamento da USP, 92%
de 4 mil ações que chegaram ao Tribunal de Justiça de SP tiveram
decisão favorável aos consumidores. “Não sei se numa ‘sala Abramge’
o resultado será o mesmo”, diz o médico.
O TJ-SP diz que a medida visa
agilizar o processo e beneficia “principalmente os autores da
ação”, já que facilita a conciliação, “ato obrigatório do
processo”. Em caso de fracasso, ele é enviado ao juiz, “que poderá
julgar mais rapidamente”.
A Abramge diz que segue orientações
propostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e que processos de
conciliação estimulam as empresas “a buscarem acordos e soluções
mais rápidas” em benefício dos consumidores.