Evento online da Swiss Re Corporate Solutions trouxe as
perspectivas para o mercado segurador e dicas práticas para
manter-se atualizado
Como
um profissional de seguros pode se preparar para as transformações
que estão ocorrendo no setor e conseguir acompanhar as tendências
do mercado? Para debater o tema e trazer dicas práticas de
carreira, a Swiss Re Corporate Solutions promoveu o webinar
“A transformação do profissional no setor de seguros”.
O
evento contou com a participação de Guilherme Perondi, diretor
executivo de estratégia de distribuição de clientes da SRCS;
Alexandre Zuvela, sócio da EXEC e headhunter especializado no setor
de seguros, com mais de 20 anos de experiência no mercado de RH; e
Cristina Aiach, diretora de RH para a América Latina e Brasil da
SRCS, além da mediação da jornalista Denise Bueno, responsável pelo
blog Sonho Seguro.
Com
o mundo dos negócios em geral, e o setor de seguros se insere
nisso, em grande transformação, os conhecimentos, habilidades que
se exigem dos profissionais também estão mudando. “Cada vez mais
vemos tecnologia sendo trazida para os modelos de negócio, para as
companhias e para as ofertas de seguros, mas uma parte muito
importante do valor que nós, como indústria, levamos para a
sociedade vem do trabalho e resiliência das pessoas que participam
desse segmento. Estamos passando por um momento de mudança
acelerada. A pergunta é: como ficamos nós que trabalhamos no setor
de seguros?”, questiona Perondi.
Analisando o cenário global e o setor de seguros a partir de um
estudo da consultoria norte-americana McKinsey (“A transformação do
modelo de talentos na indústria de seguros”), o executivo destaca
que os riscos atuais, e também os emergentes, estão mais
mensuráveis, uma vez que existe uma enorme capacidade de capturar e
processar dados. No entanto, essa mesma grande quantidade de dados
torna mais difícil tirar conclusões.
Com
a evolução do mercado e do mundo, emergem novos riscos que, por sua
vez, exigem novas soluções, e consequentemente, novas competências
para o profissional. “Isso significa mais colaboração, uma vez que
o cliente agora espera que você ofereça soluções completas”,
destaca.
Entre as tendências para o futuro do trabalho, a McKinsey indica
que serão exigidas capacidades cognitivas mais elevadas, como é o
caso da análise de dados; capacidade de criar relacionamentos e
empatia para entender o que o cliente precisa, que estão no campo
da inteligência emocional; e uso da tecnologia, o que não significa
ser um profissional especializado, mas compreender quais são as
possibilidades da tecnologia. “As funções que têm atividades mais
repetitivas estão sendo automatizadas, então a maneira como fazemos
nosso trabalho está mudando”, afirma o executivo.
Tendências para o
profissional do futuro
Nesse cenário, Zuvela aponta que novas competências estão sendo
requeridas dos profissionais, mas destaca que o ponto de partida é
saber contar a própria história. “É importante ter um currículo
bem-estruturado, que dê ao seu interlocutor uma boa visão do que
ele pode esperar de mim. O LinkedIn também é uma das ferramentas
mais utilizadas no mercado para ajudar a decidir quem vai ou não
ser selecionado para uma entrevista”, indica o especialista.
Considerando o inevitável processo de automatização de diversas
atividades, Zuvela aponta que o caminho para o profissional é a
especialização. “Hoje em dia, quando você busca atendimento, o
primeiro nível desse atendimento já é um robô. No entanto, se o
cliente precisa de algo mais específico e complexo, ele é
direcionado a um ser humano. Você vê que, já no atendimento,
exige-se um profissional mais qualificado e especializado, que
conhece o negócio e o cliente com profundidade”, destaca.
Já
ao conseguir entrar em um processo seletivo, Cristina ressalta que
a primeira impressão é muito importante. “Pontualidade, postura e
aparência são muito importantes. Cada ocasião requer uma
apresentação, você não vai à praia de terno. Além disso, ter uma
boa rede de relacionamentos, saber se relacionar com os outros, é
essencial, e isso é especialmente requerido no mercado de seguros”,
diz.
As
competências emocionais também vêm ganhando espaço. “Intuição,
empatia, capacidade de ouvir atualmente andam pari passu com as
competências técnicas. Você contrata pelo currículo e demite pelo
comportamento. Eu olho minha experiência de 30 anos e é isso mesmo
que acontece. Você adquire isso com muita experiência e
autoconhecimento”, explica Cristina.
Os
novos tempos também exigem mudanças no comportamento dos
profissionais. “Passei com um profissional nos últimos meses que
era muito bom em fazer apresentações presenciais, com uma plateia.
Quando ele passou a fazer apresentações para uma tela, em que ele
não via ninguém, perdeu produtividade por muito tempo. Ali você
precisa olhar para si, se conhecer”, conta a executiva.
Dicas práticas para os
profissionais alavancarem as suas carreiras
No
evento, os participantes deram também dicas práticas para os
profissionais que querem evoluir nas suas carreiras. Zuvela
destacou que é preciso pensar onde você quer estar em um, três e
cinco anos e como chegar lá, além de manter o currículo e o
LinkedIn atualizados e bem-estruturados.
Já
Cristina ressaltou o compromisso de se manter sempre atualizado, em
aprendizado contínuo. “O conhecimento nunca te trai e você leva
para onde for”, afirma. Além disso, é importante pedir feedback
para pessoas que vão dizer a verdade. “Chame um amigo, um colega e
chefe e tenha a coragem de ouvir. Dói, mas é o que vai te
impulsionar”, explica. “Em terceiro lugar, ouça e faça
perguntas.”
A
importância do aprendizado contínuo também foi um dos destaques
entre as dicas de Perondi, que citou o exemplo da Academia Digital,
a plataforma educacional online da Swiss Re Corporate Solutions
para corretores. Além disso, usar a tecnologia disponível a seu
próprio favor é parte essencial das mudanças em curso.