Nesse dia da mulher é preciso haver
uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, entender ela
pode estar onde quiser e o seu gênero não pode pré determinar onde
ela deve estar. Apesar de a sociedade estar evoluindo, muita coisa
ainda precisa ser feita. É o que acredita a executiva de seguros,
Andreia Araújo. “Quando analisamos que hoje mais de 55% de
representação do mercado segurador é composta por mulheres, podemos
ter a errônea ideia de que está tudo ótimo. Mas na verdade não
está. Estamos sim no caminho certo. Mas o alvo segue sendo a
conquista pela igualdade de direitos e deveres. A cada mês de março
paramos para falar sobre isso. E todo ano repetimos o básico: ainda
temos uma desigualdade injustificada quando falamos por exemplo de
cargos e salários. Precisamos levar essa pauta para além de março.
Precisa ser uma discussão recorrente até o alcance do objetivo:
igualdade”, afirmou.
Os desafios enfrentados por ela
serviram para fortalecer sua trajetória e mostrar a importância de
abrir caminho para as outras que viriam depois. “Todas as
dificuldades sempre antecedem grandes conquistas. Impossível não
comentar que há 20 anos tínhamos um mercado essencialmente
masculino. A figura da mulher sem dúvida era extremamente subjugada
a posições menores. A estratégia era se qualificar o máximo
possível para concorrer de forma igualitária às posições dentro das
corporações”, falou Andréia. A pressão pela performance feminina
também tem arrefecido nos últimos anos, segundo ela. “Como mulheres
sempre temos uma carga majorada – família, estudo, trabalho – e
como somos muito boas na autocobrança, acabamos muitas vezes sendo
pouquíssimo generosas e gentis conosco. Felizmente nos últimos anos
temos conseguido falar sobre isso – o que é uma grande vitória. E
mais do que falar, temos começado a entender que tudo bem quando
não é possível entregar tudo – desde que tenhamos a certeza de que
fizemos nosso melhor, e que nos encorajemos a sempre continuar”,
comentou.
A executiva está há 22 anos no
setor, mais de metade da vida dedicada e área, é especialista em
Vida e Previdência, sempre atuando em cargos de liderança. “Apesar
de isso significar mais de duas décadas, a energia e vontade de
propagar o seguro é a mesma (ou até mais) de 20 anos atrás”,
comentou. Andreia é formada em Direito pela Universidade de Caxias
do Sul/RS, com especialização pela Fundação Getúlio Vargas em
Gestão de Pessoas e Gestão Comercial. Apaixonada por marketing,
atualmente cursa MBA em MKT e defende ferrenhamente que os setores
de marketing e comercial são áreas que não se dissociam. Há mais de
10 anos atuando no Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Estado
do Rio Grande do Sul – CVGRS, atualmente é Presidente da entidade.
“Orgulhosa da trajetória dedicada ao seguro sobretudo aos ramos de
Vida e Previdência, acredito que temos feito um bom trabalho de
conscientização da importância do seguro de vida, previdência e
saúde – principalmente na última década. Entidades como o CVGRS são
a comprovação da dedicação dos operadores do seguro que ofertam seu
tempo livre para difundir de forma gratuita seu capital intelectual
em prol da expansão do seguro no nosso país. O CVGRS atua há 30
anos neste sentido”, explicou.
Segundo ela, muitas coisas mudaram
neste tempo, mas nenhuma mudança tão significativa e emblemática
quanto os últimos dois anos de pandemia. “A pandemia acelerou o
processo de conscientização pela necessidade da proteção através de
um seguro de vida. Sensibilizou as pessoas e fez com que
enxergassem a materialização do que sempre propagamos ao falar em
seguro de vida. Cuidar da proteção das famílias brasileiras através
do seguro – esse é sem dúvida um trabalho que muito me orgulha”,
disse Andréia.
Para finalizar, ela deixou um
recado para inspirar outras mulheres: “ Estamos num processo de
conquista – precisamos sempre estar em constante busca por
qualificação e atualização. Somente o conhecimento e nossa postura
determinada e consciente poderá nos garantir a igualdade de
direitos e deveres que merecemos. É uma grande honra poder de
alguma forma defender estes direitos e falar com propriedade sobre
nossos deveres. Disseminar a equidade de gênero é uma missão de
todos – homens e mulheres.”