O roubo de carga é um problema
global, só nos Estados Unidos estima-se perda anual de 10 bilhões
de dólares em assaltos a caminhões, armazéns e dependências
portuárias e aeroportuárias. As mercadorias mais visadas são as de
alto valor e de fácil comercialização, como eletrônicos, produtos
de informática, alimentos, bebidas, roupas, sapatos e produtos
farmacêuticos. Essas mercadorias correspondem a 50% de tudo que é
roubado em solo americano.
A maioria dos roubos acontece nos
estados da Califórnia, Flórida e Texas. A cidade de Miami abriga um
dos aeroportos mais movimentados do mundo e um dos maiores portos
dos EUA. Nas suas proximidades existem fabricantes de diversos
produtos visados, principalmente eletrônicos e
informática. Muitas mercadorias vindas de outras partes do
mundo, como da Ásia, transitam pela cidade antes do embarque para
outros países, despertando muita atenção dos criminosos.
Na tentativa de dificultar o roubo
de carga, empresas americanas utilizam mais segurança de alta
tecnologia, como satélite de baixo perfil. Desde o 11 de setembro,
a procura por sistemas de segurança tem sido enorme, e muitos
dispositivos de segurança projetados para derrotar ataques
terroristas são aplicados ao roubo de carga.
Os transportadores norte-americanos
estão com dificuldades para contratar seguro de cargas. Assim como
ocorre no Brasil, as seguradoras criaram entraves que dificultam a
aceitação do seguro, como a limitação de valores por embarque,
franquias elevadas, exclusão de cobertura para determinadas
mercadorias e aumento de taxas. O gerenciamento de riscos é tratado
de forma consultiva e ajustado à parte da apólice de seguro.
O combate ao roubo de carga é uma
batalha difícil em todo o mundo, pois há uma demanda muito grande
para determinados produtos, mas cada um dos interessados deve
colaborar de alguma forma para tentar impedir o crescimento desta
atividade criminosa, desde o fabricante do produto ao consumidor
final.