Avança, na Câmara, o projeto de lei
que obriga as seguradoras a informarem ao consumidor o motivo da
recusa na contratação do seguro. A proposta já está na Comissão de
Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, na qual foi
designado relator o deputado Remídio Monai (PR-RR).
Nessa mesma comissão, foi fixado um
prazo regimental de cinco sessões para a apresentação de emendas ao
projeto. O prazo foi encerrado sem que qualquer proposta fosse
apresentada.
De acordo com a proposta, de
autoria do deputado Rômulo Gouveia (PSD/PB), recusa deve ser
obrigatoriamente explicada pelas seguradoras na cobertura de riscos
sobre quaisquer tipos de bens, sejam móveis ou imóveis.
O esclarecimento da recusa deverá
ser informado em, no máximo, 48 horas contados a partir do prazo
solicitado pela seguradora para avaliação da proposta de
seguro.
Essa informação será prestada por
escrito, sendo permitido o envio de mensagem para endereço
eletrônico comprovadamente fornecido pelo consumidor e desde que
remetido pela própria seguradora ou seu representante legal.
Se for aprovada, a lei entrará em
vigor em 90 dias a contar da data de sua publicação oficial.
“Acreditamos que o direito da seguradora de recusar a contratação é
legítimo. Porém, da mesma forma, nos termos do Código de Proteção e
Defesa do Consumidor, o consumidor possui o direito de saber o
porquê da recusa da seguradora, de saber os motivos pelos quais a
contratação foi recusada”, argumenta o parlamentar.
Ele explica que o objetivo da
proposta é fazer valer o direito consagrado do consumidor quanto ao
recebimento de informações sobre os produtos e serviços ofertados
no mercado. “É uma obrigação das empresas fornecedoras de seguros
informarem ao consumidor, de forma clara e precisa, os motivos de
eventual negativa de contratação ou renovação do contrato de seguro
relacionado com a cobertura de riscos sobre quaisquer bens móveis
ou imóveis”, conclui o autor do projeto.