A Sociedade Brasileira de Ortopedia
e Traumatologia (SBOT) faz um alerta na próxima segunda-feira
(19), Dia do Ortopedista, e conclama os motoristas e
motociclistas a dirigirem com maior segurança. A campanha
“Segurança em Duas Rodas” será deflagrada em várias cidades do
país com distribuição de folders em locais públicos com
o objetivo de orientar e reduzir o número de acidentes com
motos.
Um levantamento feito pela
entidade em vários hospitais do País constatou que 47,7%
do acidentes com motos acontecem no período da manhã e outros
44,6% são durante a tarde. Menos de 10% ocorrem à noite, quando a
visibilidade dos motoristas é menor. Com o folder, a Sociedade
divulgará o manifesto “A melhor pilotagem é aquela em que a
segurança é primordial, onde é possível unir o prazer e a
liberdade de pilotar uma motocicleta com a certeza de
que iremos chegar ao nosso destino, portanto ao pilotar sua
motocicleta siga as dicas: observe, reaja, tenha o
controle!”
“Os acidentes com moto representam
o maior desafio para os ortopedistas nas emergências dos
hospitais por conta das múltiplas fraturas provocadas pelas
colisões”, afirma o coordenador da campanha, Miguel Akkari. A
pesquisa constatou que 40% dos acidentes são provocados por
quedas da motos, 17% por colisão frontal, 28% por colisão
lateral e apenas 1% por colisão traseira. Em relação
aos atropelamentos, em 9% dos casos, o paciente é o
motociclista e em 5% é o pedestre.
Os ortopedistas orientam que todos
fiquem atentos às medidas de segurança como sempre acender a
farol da moto, mesmo durante o dia, utilizar roupas
apropriadas e com sinalização. Jamais esquecer do capacete e
ficar atento para que o modelo seja o mais completo
com fechamento frontal e certificado pelo Inmetro.
O levantamento da SBOT constatou
que na metade dos acidentes com motos (49,2%) houve
necessidade de internação hospitalar e mais da metade (53,8%)
dos acidentados utiliza a moto como instrumento de trabalho. A
cada ano, aproximadamente 12 mil pessoas perdem a vida
em acidentes em duas rodas, são 28% das vítimas fatais de
todos os acidentes no transporte terrestre. Segundo o
Ministério da Saúde, de 2008 a 2013, o número de acidentes com
motociclistas cresceu 115%.
Para Akkari, muitos ainda ficam
com sequelas para o resto da vida e impedidos de voltar ao
trabalho depois da recuperação de múltiplas fraturas. A vítima
é sempre muito jovem e do sexo masculino (87%): 52% são
motociclistas entre 18 e 30 anos; em 28% dos casos, entre 30 e
40 anos; e 20% acima dos 40 anos.