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Até o fim deste mês, a Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) deverá anunciar o percentual de reajuste
das mensalidades dos planos de Saúde para os contratos assinados a
partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98. O índice
será aplicado a partir da data de aniversário de cada contrato de
convênio.
No ano passado, o aumento autorizado pela agência reguladora foi de
6,73%, no máximo, com validade de maio de 2010 a abril de 2011. O
percentual de reajuste para planos individuais e familiares incidiu
sobre os contratos de aproximadamente 7,4 milhões de usuários da
Saúde privada em todo o País.
De acordo com a agência, na época, o número representava 13% dos
cerca de 56 milhões de consumidores de planos de Saúde. Se você é
um usuário de plano de Saúde, deve ficar de olhos bem abertos. A
ANS analisa com lupa a situação de 257 operadoras. Juntas, elas têm
uma carteira de quatro milhões de clientes que podem ficar sem
atendimento. Isso porque as empresas se encontram em processo de
liquidação ou em acompanhamento preventivo da agência.
Neste mesmo período, 75 liquidações extrajudiciais de empresas
foram iniciadas. O quadro pode estar ligado à estratégia adotada
por algumas empresas ao oferecer mensalidades muito mais em conta
do que as praticadas pelo mercado. “No mercado, existem
operadoras de pequeno porte com objetivo de aumentar carteira de
associados e elevar receitas. Oferecem planos com preços abaixo da
realidade. É sem dúvida uma estratégia suicida para as próprias
operadoras. No final a conta não fecha, gerando desequilíbrio
financeiro, param de pagar credenciados, médicos, hospitais e
laboratórios, que por sua vez suspendem o atendimento dos
associados”, explica Ivan Lage, consultor de planos de Saúde.
Veja no servição de hoje quais são os direitos e deveres dos
usuários e das operadoras.
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