A diretoria foca no desenvolvimento
sustentável e colabora para que o lixo gere emprego e renda para os
cariocas, além de inaugurar na entidade a era da economia
compartilhada
“Às vezes não percebemos o quanto
somos acumuladores e nem fazemos ideia de como aquilo que chamamos
de lixo pode transformar a vida das pessoas, criar fonte de renda.
Além disso, podemos alinhar nossos negócios a um desenvolvimento
mais sustentável, gerando economia para as empresas e para o
planeta. Precisamos pensar também que tudo o que manipulamos em
algum momento terá que ser descartado”, afirma o presidente da
Aconseg-RJ, Luiz Philipe Baeta Neves.
Com essa tese na cabeça, o líder da
Aconseg-RJ começou a fazer o dever de casa e, de junho de 2016 a
janeiro de 2017, reuniu mais de 300 quilos de material antigo
reciclável, tais como revistas, banners, tripés quebrados,
depositados na sede da entidade após serem utilizados nos eventos.
Tudo foi encaminhado para reciclagem na Cooperativa de catadores de
lixo, e o material que não pode ser reaproveitado foi levado para a
Usina de tratamento da Companhia Municipal de Limpeza Urbana
(Comlurb), para descarte em local apropriado. Ambos os vazadores
estão localizados no bairro do Caju, na Zona Portuária do Rio de
Janeiro.
A cidade gera nove mil toneladas de
resíduos por dia. Menos de 5% deste volume é reciclado. A Comlurb
recolhe os resíduos por meio da Coleta Seletiva, que atende a 113
bairros e chega e coletar 1.700 toneladas ao mês, mas a meta é que
o percentual de lixo reciclado na cidade chegue a 4% do total que é
recolhido diariamente. Ainda assim, se somarmos aos esforços da
Comlurb o trabalho de catadores autônomos e de cooperativas, menos
de 5% de todo o lixo produzido na cidade do Rio de Janeiro é
reciclado.
“Mudar esse cenário e dever de toda
sociedade. Estamos fazendo a nossa parte. Uma das soluções é contar
com iniciativas como esta, oriundas do setor privado, dos
empresários. O nosso engajamento nesta causa poderá ser seguido por
todos aqueles que desejam ver um futuro melhor para os seus
descendentes através do desenvolvimento sustentável. Se o material
não tem mais uso ou utilidade na sua empresa, não armazene, passe
adiante para quem pode se beneficiar dele”, conclama o
presidente.