Contratar um plano de saúde para proteger o animal de estimação
requer cuidado redobrado, segundo alerta da Proteste – Associação
de Consumidores.
De acordo com a entidade, a atenção se faz necessária pelo fato
de haver algumas cláusulas abusivas nos contratos de alguns planos.
Um exemplo destas cláusulas é a que não permite rescisão de
contrato em caso de morte ou desaparecimento do animal.
Outra, diz a Associação, é a que exige pagamento da totalidade
do contrato, em caso de rescisão antecipada.
Negativa de cobertura
Assim como ocorre nos planos de saúde que tratam de humanos, a
negativa de cobertura também pode ocorrer nos planos destinados aos
bichos. Conforme verificado pela Proteste, quem contrata uma
apólice de saúde deste tipo deve aumentar os cuidados com a
alimentação do bichinho, pois alimentar o pet com comidas
inapropriada para animais, por exemplo, é considerado uma agravação
de risco, que pode resultar no não atendimento do animal.
“Ao dar comida humana para o bichinho, você aumenta a
intensidade ou a probabilidade de ele adoecer. Assim, se o seu
bicho de estimação passar mal porque você permitiu que ele comesse
um pedaço de queijo, por exemplo, os veterinários poderão constatar
o quadro através de exames clínicos especializados. E aí, o plano
de saúde pode se negar a arcar com os custos dos
procedimentos”, explica a Associação.
A entidade alerta ainda para a questão da carência, que pode
variar de 30 dias para quase um ano, e pede atenção à cláusula que
se refere à inclusão de filhotes. “Se você possui uma fêmea prenhe
já beneficiária do plano, é exigido que os filhotes sejam inscritos
em até 30 dias após o nascimento, para que sejam beneficiários sem
cobrança de carência”.
Planos pets
Os planos de saúde para pets são regulamentados pelo CFMV (Conselho
Federal de Medicina Veterinária) desde 1998, por meio da resolução
647. Entretanto, conforme explica a Proteste, o órgão não delimitou
qualquer rol mínimo de procedimentos, como ocorre com os planos de
saúde para humanos.
Assim, cada clínica pode oferecer uma gama diferente de
coberturas, que pode variar desde os planos mais básicos, que
cobrem apenas os procedimentos de consultas e vacina antirrábica,
aos planos top, que oferecem unidade móvel, banco de sangue,
transfusões, acupuntura, fisioterapia, entre outros.
No que diz respeito a preços, a Proteste encontrou planos de R$
29,10 a R$ 228 a mensalidade, o que varia conforme raça, peso e
espécie do animal. No geral, os planos aceitam apenas cães e gatos
como beneficiários.
Vale a pena?
Para saber se vale a pena contratar um plano de saúde para o seu
bichinho, a associação dá a seguinte dica: primeiramente, liste
todos os tipos e quantidades de processos médicos veterinários que
seu animal usa por ano. Depois, some o valor cobrado por cada
procedimento. O resultado será o custo anual veterinário. Sabendo
desse valor, compare e avalie se o plano terá uma boa relação
custo-benefício.