Ao participar do painel
“Tendências para o Corretor de Seguros”, durante o evento MAGNEXT,
realizado pela Mongeral Aegon, no Rio de Janeiro, o presidente da
Fenacor, Armando Vergilio, reafirmou a sua convicção na necessidade
de um arcabouço regulatório instituindo a autorregulação na
corretagem de seguros. “Precisamos desse arcabouço legal e moderno,
que coloque em prática a autorregulação, com boas normas de conduta
e respeito à lei”, assinalou, acrescentando que a autorregulação
precisa atingir toda a categoria e não apenas os profissionais que
se associarem voluntariamente às autorreguladoras, pois isso
poderia favorecer pessoas mal intencionadas.
Vergilio destacou ainda que
já há uma “ampla maioria” no Congresso Nacional a favor dos
argumentos apresentados pelas lideranças dos corretores de seguros
com relação à tramitação da MP 905/19 a qual, entre outros pontos,
revogou a Lei 4.594/64 – que regulamenta a profissão do corretor de
seguros – e artigos do Decreto lei 73/66. “Uma coisa ou outra vai
acontecer: ou se retira da MP os incisivos 3 e 4 do artigo 51 (que
estabelece aquelas revogações), ou se altera o texto já prevendo ou
contextualizando uma nova legislação”, assegurou.
Ele frisou, contudo, que a
Fenacor e os sindicatos são contrários à total inexistência de
regras. “Não ter um regramento mínimo é inaceitável. É preciso
haver a habilitação para a venda consultiva e assessorada, feita
por quem conhece o mercado e está apto a cumprir a sua missão de
bem assessorar o segurado e a própria seguradora”,
argumentou.
O painel teve a mediação do
vice-presidente do Conselho Consultivo da Mongeral Aegon, Marco
Antônio Gonçalves, e contou ainda com as participações dos
presidentes dos Sincors de São Paulo, Alexandre Camillo, e do Rio
de Janeiro, Henrique Brandão.