A previdência privada aberta no
Brasil teve captação líquida de R$ 6,5 bilhões em agosto, montante
21% maior que um ano antes e o quarto mês de alta nas
contribuições, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de
Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).
Em julho, os depósitos haviam
superado os resgates em R$ 6,8 bilhões, após saldos também
positivos de R$ 5,4 bilhões e de R$ 1,6 bilhão em junho e maio,
respectivamente.
No fim de agosto, as reservas
totais do setor somavam R$ 979,4 bilhões, 8,2% a mais em 12
meses.
‘Notamos uma retomada gradual nos
últimos quatro meses, tanto em novos depósitos como na captação
líquida’, disse o presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, em nota,
referindo-se à retomada após o período mais difícil, entre março e
abril, na esteira da turbulência nos mercados provocada pela
pandemia da Covid-19.
Em novos depósitos, o setor
atingiu o piso em abril, com R$ 4,9 bilhões, subindo para R$ 7
bilhões em maio, R$ 10,7 bilhões de junho, R$ 13,1 bilhões em junho
e R$ 12,6 bilhões em agosto.
No acumulado do ano até agosto,
as novas contribuições somaram R$ 77,5 bilhões, 2,7% menos do que
um ano antes, por conta das quedas registradas em abril e
maio.
Os resgates no acumulado do ano
cresceram 10,7% e somaram R$ 52,7 bilhões. A captação líquida, por
sua vez, seguiu no campo positivo com saldo de R$ 22,4 bilhões,
embora tenha sido 22,7% menor ano a ano.
Segundo a Fenaprevi, o patamar
baixo dos juros incentivou a migração de recursos dos planos de
previdência para fundos de renda variável, com cotistas procurando
maior rentabilidade. Os fundos multimercado, por exemplo, em agosto
responderam por 15% das aplicações, percentual que era inferior a
6% há quatro anos.