Está
na Câmara dos Deputados um projeto que proíbe as operadoras de
planos de saúde de cancelar os contratos por inadimplência pelo
prazo de três meses ou enquanto durar a pandemia de covid-19.
Pela
proposta do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o prazo pode ser
estendido em caso de agravamento da pandemia. Segundo o deputado, o
texto visa mitigar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19
sobre a população. “A importância de se assegurar um mínimo de
dignidade humana a todos os brasileiros se mostra essencial para
que possamos superar esta crise sem que corramos o risco de
enfrentar o caos social”, disse.
Além
disso, durante o período, as empresas não poderão inscrever o nome
dos consumidores inadimplentes em cadastros do tipo SPC. Os
pagamentos serão retomados após o encerramento da pandemia, de
forma parcelada.
O
projeto do deputado também suspende a cobrança de parcelas de
contratos bancários, como consórcios, financiamentos habitacionais
e consignados. Os valores serão pagos ao final do contrato em
número de meses igual ao de parcelas suspensas.
O
texto autoriza ainda os bancos públicos a abrir linhas de créditos
especiais às concessionárias de serviços públicos e as empresas de
planos ou seguro saúde, para assegurar a cobertura dos valores que
terão seus pagamentos postergados.
De
acordo com notícia publicada pelo Portal da Câmara dos Deputados, o
projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de
Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Além dos planos de saúde, o projeto
contempla serviços básicos como água e luz que não poderão ser
cortados por três meses.