Resultado do relatório da Cisco contradiz a ideia de que
a interação face-a-face é sempre a preferida para a experiência do
cuidado ; 3/4 dos pacientes se sentem à vontade para usar a
tecnologia para interagir com o médico
Um relatório global da Cisco sobre a experiência de clientes da
área de saúde (Cisco Customer Experience Report) revela que 74% dos
consumidores dizem estar abertos ao atendimento médico virtual,
percentual um pouco maior no Brasil, com 76%. Quando perguntados
sobre a relação entre contato pessoal e qualidade da assistência
médica, 84% dos consumidores no Brasil afirmaram estar mais
preocupados com a qualidade da assistência do que com a presença
física do médico na consulta.
O estudo analisou a opinião dos consumidores e tomadores de
decisão de saúde (HCDM´s “health care decision makers”) de dez
países, entre eles o Brasil. Os resultados demonstram que com o uso
da tecnologia, a largura de banda e a integração em rede se
tornando cada vez mais presente na rotina das pessoas, tanto o
aspecto humano quanto o digital passaram a fazer parte da
experiência de pacientes.
A pesquisa analisou a opinião de consumidores e profissionais do
setor de saúde sobre o compartilhamento dos dados pessoais de
pacientes, consultas médicas presenciais e comparou com atendimento
remoto e o uso da tecnologia para fazer recomendações sobre a saúde
individual. A opinião nestes tópicos foi bastante diferente nos
dois grupos (consumidores e profissionais de saúde) e nas dez
regiões geográficas analisadas.
O relatório revelou aumento do interesse no acesso à informação
de saúde em dispositivos móveis. No Brasil, 42% dos consumidores
procuram informações médicas via dispositivos móveis e 34% checam
resultados de laboratório antes de ir a consultas médicas. Os
consumidores do país também têm interesse em receber recomendações
médicas via tecnologia: 76% dos entrevistados gostariam de receber
mais indicações sobre saúde nos seus computadores ou dispositivos
móveis (o maior índice de todos os países).
O relatório global realizado no início de 2013 analisou a
resposta de 1.547 consumidores e profissionais de saúde dos EUA,
Canadá, México, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China, Índia
e Japão.
Privacidade e Serviço Pessoal
Em geral, os profissionais de saúde estão mais dispostos a
compartilhar a informação pessoal e privada do que os pacientes e
outros cidadãos. O grau com o qual todos os médicos, pacientes e
cidadãos estão dispostos a compartilhar a informação pessoal de
saúde e melhorar a qualidade do cuidado varia de acordo com a
região geográfica.
Principais resultados
A maioria dos consumidores se sente à vontade em disponibilizar
de forma segura na nuvem a informação de saúde , com exceção de
consumidores da Alemanha e Japão.Quase metade dos consumidores e
2/3 dos profissionais de saúde pesquisados se sentem à vontade para
compartilhar e receber informação de saúde através de canais de
mídia social.A maioria dos consumidores da América do Norte – cerca
de 80% – se sente à vontade em enviar o histórico médico completo e
diagnósticos para que as operadoras de saúde tenham a informação
disponível para tratá-los e oferecer o diagnóstico mais pessoal
possível. Com relação à submeter a amostra de DNA para os médicos
ou outros profissionais de saúde, 78% dos consumidores globais se
sentem à vontade com esta ideia. Este índice no Brasil chega a
88%.
Embora cerca de metade dos profissionais de saúde acredite que a
proteção dos dados seja adequada à privacidade de informações
de saúde e médicos em seus países, menos da metade dos
consumidores acredita que essa proteção seja adequada. A
grande diferença entre a opinião de consumidores e profissionais da
saúde é encontrada no Brasil, onde aproximadamente 2/3 dos
consumidores acham que a proteção é adequada, mas entre 8 e 10% dos
profissionais de saúde acham que não é adequada. Nos
EUA, cerca de 60% dos profissionais de saúde acreditam na proteção,
mas apenas 40% dos consumidores concordam com esta opinião.
Principais resultados:
3/4 (74%) dos consumidores indicam se sentir a vontade com a
ideia de se comunicar com o médico usando a tecnologia ao invés de
uma consulta presencial.Na China, Rússia e México, quase 3/4 dos
consumidores se sentem confortáveis de se comunicar com um
especialista via tecnologia virtual (ex. bate-papo por vídeo e
torpedos) para falar sobre sua condição médica.Mais de 60% dos
consumidores da Alemanha, Japão e EUA se sentem a vontade com a
ideia de receber tratamento por um especialista através da
tecnologia virtual.
Os pacientes e cidadãos estão dispostos a abrir mão de qualquer
coisa, incluindo custo, conveniência e viagem para receber
tratamento de um renomado provedor de saúde, tendo acesso ao
cuidado e experiência de confiança.No Brasil, os consumidores estão
mais preocupados com a qualidade da assistência médica do que com o
contato humano: 84% dos consumidores no Brasil dão mais importância
à qualidade da assistência do que a presença física do médico na
consulta. O Brasil se equipara apenas à Rússia neste aspecto.