Mais do que apenas passar o preço de uma  cotação para o segurado, o corretor de seguros precisa prestar um  serviço de consultoria para o cliente. Quem não o fizer acabará  encontrando grandes dificuldades nos próximos anos. A opinião é do  presidente do Sincor-DF, Dorival Alves de Sousa, que, em entrevista  exclusiva ao CQCS, falou sobre o que os corretores devem fazer para  agregar valor aos seus serviços.
“Primeiro, ele precisa fazer um trabalho  de pesquisa e apresentar para o cliente o melhor custo-benefício. Depois  é preciso explicar as vantagens de cada proposta e ajudar o segurado a  encontrar a melhor proteção”, opina.
Para o dirigente, também são aspectos  importantes em uma proposta para o cliente: português correto, boa  apresentação e identificação do profissional clara e completa. “É  preciso garantir que a apólice entregue tudo que foi apresentado na  proposta. O trabalho do corretor vai além de passar preço: é preciso ser  um consultor de verdade”, conclui.
Outra liderança do setor que alerta para o  perigo de o corretor apenas passar preço é o presidente do Sincor-PE,  Carlos Valle. O dirigente lembra que máquinas também podem fazer esse  serviço, com menos custo e mais eficiência. “O corretor precisa se  diferenciar, mostrar valor. A pessoa que só compra preço tem mais  dificuldade de vender qualidade. Se eu, corretor de seguros, como  consumidor, só enxergo preço, vou ter também dificuldade de vender  qualidade”, pondera.
Valle aconselha os profissionais da  categoria a atuarem como consultores, analisando as necessidades de cada  cliente e oferecendo as melhores opções de proteção. “A questão do olho  no olho é o ponto inicial, mesmo que seja por e-mail ou WhatsApp. Mas  precisamos conhecer os nossos clientes e oferecer o que é melhor pelo  melhor preço, e não apenas pelo menor”, ensina.