O marco de 20 anos da regulamentação da saúde suplementar foi tema de  evento promovido pela Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ),  do Instituto Latino-Americana de Saúde (INLAGS) e da Escola Superior de  Advocacia (ESA), na última sexta-feira (26), na sede da OAB do Rio. A  Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se fez presente ao longo da  agenda em três diferentes painéis, com a participação dos diretores  Rogério Scarabel, Rodrigo Aguiar e Simone Freire.
O diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Rogério  Scarabel, fez a abertura do evento ao lado dos dirigentes da ESA, Sérgio  Coelho e Fernando Cabral, e do presidente da Comissão de Saúde da OAB,  Luiz Felipe Conde. O diretor mostrou dados sobre o setor e apresentou os  próximos passos da agenda regulatória, entre eles a proposta de mudança  da metodologia de reajuste de planos individuais e a resolução  normativa para atualização do Rol de Procedimentos.    
“Saúde interessa a todos e é muito importante ter a participação dos  advogados, com sua visão jurídica e capacidade de avaliar as demandas  sob perspectivas qualificadas. Vivemos hoje uma nova fase na saúde  suplementar, cujos desafios são a qualidade e a sustentabilidade”, disse  Scarabel. Após a apresentação do diretor, o advogado Luiz Felipe Conde  lembrou que foi procurador da ANS e citou que no início da composição da  Agência o principal desafio enfrentado era o da assimetria de  informações.
No painel sobre as novas regras do setor e a relação com os  consumidores, o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência, Rodrigo  Aguiar, explicou que a legislação dos planos de saúde só permite à ANS  atuar em face das operadoras e esclareceu que a regulação feita é  prudencial. “Para que a assistência seja prestada, é preciso objetivar o  equilíbrio econômico-financeiro do setor”, afirmou. O diretor lembrou  ainda que os dados produzidos por órgãos oficiais mostram que o setor de  planos de saúde não tem encabeçado a lista de reclamações, como algumas  fontes do setor aventam. Também participou da mesa o juiz Vitor Lima  (TJ-RJ). 
A diretora de Fiscalização da ANS, Simone Freire, participou da mesa  sobre Direito da Saúde e apresentou os impactos da judicialização do  setor. Mostrando os principais números referentes ao tema e seu contexto  na realidade do mercado, a diretora explicou como a ANS tem atuado para  reduzir a judicialização do setor, através de ferramentas como a  Notificação de Intermediação Preliminar (NIP). Ela lembrou, porém, da  complexidade desse mercado. “O setor de saúde suplementar tem gastos  muito superiores aos do SUS, que cobre toda a população”, destacou a  diretora. O professor Alexandre Aragão, da UERJ, também participou do  painel.
Outros nomes importantes do meio jurídico também integraram a agenda  na OAB-RJ, entre eles o ministro do STJ Paulo de Tarso Sanseverino.