Prefeitura de São Paulo informou  que os pedidos de ressarcimento deverão ser encaminhados à Procuradoria  Geral do Município, que analisará cada caso.
 
 
Sentar com a filha no carro novo e pegar a  estrada para a Bahia era o plano do vigilante Renailton Alves. Ele  trabalhou duro para juntar R$ 23 mil e trocar o carro velho por um mais  novo. Renailton pegou o carro na tarde de quarta-feira (14). Iria fazer o  seguro no dia seguinte. Mas algumas horas depois de pegar o carro,  Renaílton dirigiu pela Marginal Pinheiros e caiu com o carro novo no viaduto que cedeu.
Ao todo cinco carros caíram no  ‘degrau’ de quase dois metros que se formou. “Do nada o carro virou de  vez e eu vi a pancada do carter no chão e nisso já tinha 4 carros na  frente batido já também. Eu pensei que podia morrer na hora”, disse  Renailton.
Ele ficou mais de sete horas esperando na  Marginal Pinheiros a chegada da perícia. O carro perdeu os faróis, o  motor foi muito danificado e a suspensão também. O veículo foi levado de  guincho para uma oficina.
Agora, a preocupação de Renailton e das outras quatro vítimas é: quem vai pagar o prejuízo?
A Prefeitura de São Paulo informou nesta  sexta-feira (16) que os pedidos de ressarcimento deverão ser  encaminhados à Procuradoria Geral do Município, que analisará cada caso.
Segundo o advogado Marco Antonio Araújo  Jr, da Comissão Defesa Consumidor da OAB-SP, se a Prefeitura não fizer  um acordo, ele vai ter que procurar a Justiça.
“Vai ter que juntar três orçamentos, vai  ter que instruir o processo com testemunhas, provas, com fotografias,  com vídeos”, explica Araújo. “O juiz vai julgar e depois tem muita  possibilidade de recurso. Tem muito tempo pela frente. A saída é ele vai  ter que mandar consertar o carro com o dinheiro dele e lá na frente ele  vai ser ressarcido disso com juros e correção desde a data do evento.”
Renailton já cancelou a viagem que faria  com a família até a cidade onde nasceu. E espera agora pelo menos  diminuir o prejuízo material.