O economista João Alceu Amoroso Lima  assumiu, ontem, a presidência da Federação Nacional de Saúde Suplementar  (FenaSaúde), para o triênio 2019-2021. Após três anos à frente da  Federação, a advogada Solange Beatriz Palheiro Mendes passará a gestão  da entidade ao economista João Alceu de Amoroso Lima, vice-presidente do  Grupo Notredame Intermédica, responsável pela Interodonto, segundo  maior plano odontológico do Brasil, com 1,9 milhão de beneficiados. João  Alceu é detentor do título de Chartered Insurer (Símbolo de excelência profissional), do Chartered Insurance Institute, UK.
“Em 2019 a Federação contará com uma  nova gestão, que tem um desafio grande pela frente e dará continuidade,  com excelência, ao trabalho que executamos nos últimos três anos. Assumi  a presidência com o objetivo de consolidar a imagem da FenaSaúde,  construída ao longo dos anos, como uma entidade que se pauta pelas suas  premissas técnicas, preocupada sempre com o desenvolvimento do setor e  com o aperfeiçoamento do serviço prestado aos beneficiários. Portanto, a  nossa meta principal foi construir de forma sistemática uma comunicação  transparente e confiável, a partir da qual a informação agregasse valor  não só para os consumidores, como também para o governo, magistrados,  autoridades, formadores de opinião e a própria cadeia produtiva da  saúde”, destaca Solange Beatriz.
Com 30 anos de experiência em seguros,  dos quais 22 em saúde, João Alceu destaca o trabalho realizado na gestão  da presidente Solange Beatriz. “Há quinze anos, eu era diretor de Saúde  da Fenaseg e fui substituído pela Solange. Agora ela me passa o bastão  aqui, outra vez, para a FenaSaúde. A Solange construiu uma credibilidade  nesses três anos à frente da Federação, que com esse trabalho isento,  técnico e com todo o material produzido ao longo dos últimos anos,  tornou-se uma referência para consultas técnicas, a partir das posições  assumidas diante de discussões com reguladores e com a Justiça”,  ressalta o novo presidente.
Ambos concordam que os desafios  enfrentados pela Saúde Suplementar devem permanecer os mesmos ao longo  2019, como: a escalada dos custos; a mudança do perfil epidemiológico; o  envelhecimento da população; o aumento da judicialização; e a pressão  da renda para capacidade de compra de serviços médicos. “Em analogia a  um time de futebol, encontrar soluções para os desafios, na verdade, são  os ‘gols’ que queremos fazer para dar continuidade ao crescimento do  mercado. Mas um trabalho brilhante que a FenaSaúde realiza e que nem  sempre é percebido é o trabalho de defesa. Sempre que surge um projeto  de lei, uma proposta de regulação ou algo novo que interfira no setor, a  Federação entra com pareceres, estudos e especialistas para dar suporte  a defesa de um ponto que sustente e desenvolva o segmento”, aponta João  Alceu.
Solange Beatriz destaca ainda um dos  últimos feitos de sua gestão, a elaboração de um documento com  iniciativas que apontam os rumos para o segmento. “Em 2018 publicamos os  ‘Desafios da Saúde Suplementar 2019’ com um diagnóstico do setor e os  passos para avançarmos no caminho que viabilize a sustentabilidade do  sistema privado a médio e a longo prazos’, afirma. Na publicação são  indicadas as 11 medidas para fortalecer o setor: Atenção Primária à  Saúde (APS) e rede hierarquizada; regulação dos prestadores e  fornecedores; novas regras de formação de preços e reajuste; mudanças de  regras para a incorporação de novas tecnologias; combate a fraudes, com  tipificação de crimes; mudança de modelo de remuneração; análise de  impacto regulatório; governança regulatória (Consu); admissão de  hospitais públicos na rede credenciada; criação de produtos de  previdência e poupança vinculados à saúde e mecanismos financeiros de  regulação.