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Varizes podem ter sérias complicações se não forem tratadas; saiba como evitar o problema

Fonte: SEGS Data: 05 setembro 2018 Nenhum comentário

Falta de atenção com as varizes pode fazer com que as alterações evoluam para problemas ainda mais sérios, como tromboflebite superficial e úlceras venosas.

Varizes são veias dilatadas e tortuosas que perderam sua função circulatória, sendo causadas por fatores como idade, sexo, hábitos de vida ruins e, principalmente, genética. Mas, apesar de serem uma alteração estética, as varizes também representam um problema circulatório e, se não forem tratadas, podem acabar causando graves complicações. “As principais complicações das varizes surgem em função da falta de atenção à doença. Por isso, ao menor indício dos sintomas mais comuns, que incluem dor, inchaço, sensação de peso e cansaço nas pernas, o paciente deve procurar imediatamente a ajuda de um médico para orientar o tratamento e assim evitar que o organismo seja colocado em risco”, explica a angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

A insuficiência venosa crônica, por exemplo, é umas das principais complicações das varizes. Caracterizada por uma lesão nas veias da perna que não permite que o sangue flua normalmente, a condição ocorre, geralmente, em mulheres mais velhas devido a fatores como gestação, obesidade e genética e tem como principais sintomas dor, coceira, formigamento, queimação, fadiga, cãibras musculares e inchaço. “A insuficiência venosa crônica, se não tratada, ainda pode evoluir para úlceras venosas, feridas abertas que surgem na perna em função de veias anormais ou danificadas. Estas feridas são muito difíceis de serem curadas e os cuidados e acompanhamento devem continuar mesmo após o tratamento para evitar que retornem”, alerta a médica.

Outro problema comum que ocorre pela falta do tratamento das varizes é a dermatite ocre, quando o sangue acumulado nas veias extravasa e mancha a pele das pernas com uma coloração acastanhada, semelhante à ferrugem. “A cor tem relação com o ferro contido nos glóbulos vermelhos, que se rompem e liberam hemoglobina, o que altera a coloração da pele da região”, explica a especialista. “A tromboflebite superficial, popularmente conhecida como trombose, também é uma complicação das varizes e ocorre quando há o desenvolvimento de um coágulo sanguíneo nas veias das pernas e coxas que entope a passagem do sangue.” Segundo a Dr. Aline, em casos mais raros, um pequeno coágulo pode se desprender e correr pela circulação até chegar ao pulmão, o que é chamado de Embolia Pulmonar e pode causar dor no peito, tosse, cansaço, falta inesperada de respiração e até mesmo morte súbita.

Tratamento - Como existem diferentes tipos de varizes, o tratamento deve ser indicado pelo cirurgião vascular, que irá realizar uma avaliação para só então definir qual o melhor procedimento para cada caso. Por exemplo, para as varizes menores, também conhecidas como vasinhos, o especialista pode sugerir a escleroterapia, onde uma substância química é injetada nas veias. Já para as varizes maiores o cirurgião pode indicar laser, espuma ou, dependendo do caso, até mesmo cirurgia. Outros tratamentos para as varizes incluem a radiofrequência e a combinação de técnicas, como o ClaCs, que une laser não-invasivo e injeções de glicose. “Porém, o mais importante é que você consulte um angiologista ou cirurgião vascular para o diagnóstico e a intervenção correta do problema, já que, muitas vezes, apenas o tratamento da variz não é o suficiente, sendo necessário então identificar e eliminar a veia nutrícia, uma espécie de veia mãe, para que o tratamento seja efetivo”, finaliza aDra. Aline Lamaita.

FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a médica participa, na Universidade de Harvard, de cursos de pós-graduação que ensinam ferramentas para estimular mudanças no estilo de vida nos pacientes em prol da melhora da longevidade e qualidade de vida. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina.

 

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