Ambulatório, pertencente à
Escola Paulista de Medicina, em São Paulo, tem capacidade para
atender a 600 pacientes por mês e destina-se apenas a doentes que
fazem o tratamento pelo SUS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta
terça-feira (07) da inauguração do ambulatório de quimioterapia do
Centro de Oncologia Clínica e Experimental (Coce) da Escola
Paulista de Medicina, em São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde,
essa é a primeira fase de um projeto que prevê, também, a
construção de instalações para as demais etapas do tratamento
contra o câncer.
O ambulatório tem capacidade para atender a 600 pacientes por
mês e destina-se apenas a doentes que fazem o tratamento pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Na reforma do prédio, segundo
Padilha, foram investidos cerca de R$ 1 milhão, doados por
instituições privadas e famílias de pacientes. A previsão é que os
investimentos cheguem a R$ 60 milhões até o final do projeto.
De acordo com o ministro, a iniciativa ajudará na democratização
do acesso ao tratamento do câncer. “Somos o país que mais
envelheceu no mundo nos últimos dez anos, o que amplia o número de
casos. Embora nós tenhamos aumentado em três vezes desde 2003 os
procedimentos de quimioterapia; embora o SUS faça hoje cerca de 30
milhões de procedimentos de tratamento contra o câncer por ano,
duas vezes mais do que se fazia em 2003; embora tenhamos aumentado
em 41% o número de cirurgias, o acesso ao tratamento ainda é muito
desigual. Um ambulatório como esse permite ampliar o
atendimento”.
Dados do Ministério da Saúde apontam
que, em 2011, ocorreram 490 mil novos casos de câncer no Brasil.
Números que reforçam a necessidade de se buscar, cada vez mais, o
diagnóstico precoce. “Em 2003, cerca de 7% dos casos eram
diagnosticados precocemente. Em 2011, isso já acontece em 50% dos
casos. Tivemos um avanço, mas precisamos avançar muito mais porque,
quanto mais precoce o diagnóstico, maior a possibilidade de
tratamento”, disse Padilha.