Ele acentuou ainda que quando chegou à Susep, definiu que a tecnologia deveria ser uma base importante para desenvolvimento do setor. Foi, inclusive, criada uma área de tecnologia, com status de diretoria.
Os passos seguintes foram simplificar os produtos massificados e, mais recentemente, iniciar a mudança das normas para os grandes riscos. “Temos, agora, produtos mais simples, sendo o de maior sucesso o seguro intermitente, hoje muito praticado no Brasil. Vamos mudar também as normas para os seguros de danos. Queremos que o seguro se expanda, aumente o número de coberturas, seja simples, barato e acessível para a população. Nos grandes riscos, o regulador atrapalhava. Temos uma estrutura de cláusulas muito rígidas, travando a liberdade das seguradoras para desenvolverem produtos. O regulador estava engessando o mercado”, observou.
Ela enfatizou ainda a importância de haver maior liberdade para o setor ser criativo, o que poderá também atrair resseguradores estrangeiros. “Somos lanternas no ranking dos países da América Latina na relação entre prêmio de resseguro e PIB”, lamentou.
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Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, assumiu o compromisso com a superintendente da Susep de conversar com mais intensidade sobre o papel que cabe ao seguro no desenvolvimento do país e na proteção das pessoas. “O seguro é tema difícil e de pouca atenção política e da sociedade. Mas, devemos dar a atenção devida para setor que tem papel importante para a economia. Vou tentar me concentrar um pouco mais. Vamos organizar conversas com os deputados sobre o impacto da boa regulação para a economia. Precisamos trazer o seguro para dentro da Câmara para discutir a modernização, a unificação das agências, um marco regulatório de melhor qualidade”, prometeu Rodrigo Maia.