A expectativa é que uma
melhora na situação econômica do país, a partir do segundo
semestre, aumente a quantidade de segurados. E que as receitas
cheguem a R$ 1,8 bilhão no fim do ano
A Central Nacional Unimed espera manter o crescimento
no número de beneficiários e no faturamento em 2012. A operadora é
responsável pelos contratos empresariais a nível nacional da
Unimed. A expectativa é que uma melhora na situação econômica do
país, a partir do segundo semestre, aumente a quantidade de
segurados em 10% e que as receitas cheguem a R$ 1,8 bilhão no fim
do ano. As informações são do jornal Valor Econômico.
A companhia registrava no fim do ano passado, 1,16 milhão de
beneficiários, 14% a mais do que no ano retrasado. O faturamento
líquido cresceu 30,3% em 2011 – de 1,17 bilhão para R$ 1,52
bilhão.
A Central Nacional Unimed administra planos de empresas que
atuam em pelo menos três Estados e que tenham, no mínimo, 300 vidas
seguradas. Os beneficiários da operadora são assistidos pelas
Unimeds da região em que se encontram e a Central repassa o valor
correspondente aos atendimentos feitos.
A Central Nacional Unimed fechou 2011 com lucro de R$ 52,6
milhões. O valor é 26,2% maior do que o do ano passado. A empresa
atribui o resultado positivo ao crescimento da sua base de clientes
e ganhos devidos a reajustes e readequações de contratos.
Para o diretor-presidente da companhia,Mohamad Akl, medidas como
o corte da taxa Selic e a redução do juro bancário feita por
algumas instituições terão efeito sobre a economia brasileira a
partir de julho.
Além do resultado financeiro positivo, a Unimed reportou queda
de 1,3 ponto percentual em 2011 na taxa de sinistralidade em
relação ao ano anterior, que mostra a relação entre o gasto com
atendimentos e a receita. Essa taxa caiu de 85,1% para 83,8%,
incluindo a provisão para eventos ocorridos e não-avisados (Peona).
A provisão é exigida das operadoras pela Agência Nacional de Saúde
(ANS) para cobrir procedimentos médicos que deverão ser feitos, mas
ainda não foram contabilizados. Sem a provisão, a taxa foi de 83%,
em 2010, e de 82%, em 2011.
A empresa notou um aumento na sinistralidade no primeiro
trimestre de 2012. A meta é fazer com que a taxa caia de 84% no
período (excluída a Peona), para o mesmo patamar de 2011, ao final
do ano. Para Akl, essa alta desperta atenção, mas não
preocupação.
O executivo acredita também que o
novo Rol de procedimentos e eventos em saúde, em vigor desde o
começo do ano, trará menos impacto do que as listas anteriores. O
rol, feito pela ANS, estabelece as consultas, cirurgias e exames
mínimos que um plano de saúde deve oferecer. A atualização deste
ano trouxe cerca de 60 novos itens. Akl calcula que as novas
obrigações impliquem em um aumento de cerca de 1,7% nos custos
médicos.