Os problemas relativos à assistência odontológica vão ser
discutidos em câmara a ser criada com a participação de
representantes da Agência Nacional de Saúde (ANS), das operadoras
de planos de saúde e dos prestadores de serviços odontólogos. O
assunto começou a ser debatido, por iniciativa do senador Paulo
Davim (PV-RN), em audiência realizada nesta terça-feira (8), na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Em três meses, informou Davim,
a CAS vai aferir o avanço das negociações para solucionar os
problemas que prejudicam especialmente a população.
- Nós, no Parlamento e especificamente na Comissão de Assuntos
Sociais, nos propomos a ser catalisadores da aproximação das
instituições e das entidades de odontologia do Brasil inteiro,
disse o senador.
Paulo Davim criticou a forma com que a Agência Nacional de Saúde
(ANS) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
abordam a assistência à saúde, em que há dissociação da saúde bucal
da do resto do corpo. Ele disse que esse modo de ver a saúde se
fortaleceu ao longo do tempo, mas resulta em insatisfação da
população, bem como dos prestadores dos serviços e operadoras de
planos de saúde.
- É inconcebível, numa assistência integral, dissociar a saúde
bucal da saúde do resto do corpo, ressaltou Paulo Davim.
Priorizar o aspecto financeiro na abordagem da saúde, avaliou o
presidente da Uniodonto do Brasil, José Alves de Souza Neto,
desumaniza o processo de tratamento. Em sua opinião, deve haver
investimento para preservar a saúde das pessoas e não apenas para
tratar situações de doença.
- A forma de remuneração adotada dificulta, pois não há trabalho
preventivo, não há remuneração para o cliente bom, sadio, mas só
para o doente. Encontramos conflito, pois cada vez que o dentista
consegue reduzir o sofrimento dos pacientes, cada vez que ele
consegue saúde, é menos remunerado. Não somos remunerados por
promover saúde, ressaltou Souza Neto, ao defender melhor
regulamentação para o setor.
Também para o vice-presidente da Federação Interestadual dos
Odontologistas (FIO), Luciano Elói Santos, o Estado precisa
regulamentar a relação entre odontólogos e planos de saúde para
preservar o direito dos usuários, Para ele, a crescente demanda de
serviços odontológicos resulta numa dinâmica do mercado que explora
o trabalho do dentista. Com isso, observou, o principal prejudicado
é o usuário.
- A população merece odontologia de qualidade e o Estado deve
regular a área, destacou.
Entre as principais queixas dos usuários, informou o presidente
da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON),
José Augusto Peres Filho, estão a demora no atendimento, a
qualidade do material empregado em tratamento a pacientes de planos
de saúde e a diferenciação de tratamento entre usuários de planos
individuais e coletivos e os pacientes particulares.
- Não queremos ser injustos nem desonestos, mas a população não
deve pagar por problemas entre dentista e operadora, disse a
vice-presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO Seção
Distrito Federal), Luciana Freitas de Araújo.
Também participaram do debate o secretário-geral do Conselho
Federal de Odontologia (CFO), José Mário Morais Mateus; a
presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em
Saúde, Denise Rodrigues Eloi de Brito; e o diretor do Departamento
de Proteção e Defesa Econômica do Ministério da Justiça, Diogo
Thompson de Andrade.
Os problemas relativos à assistência odontológica vão ser
discutidos em câmara a ser criada com a participação de
representantes da Agência Nacional de Saúde (ANS), das operadoras
de planos de saúde e dos prestadores de serviços odontólogos. O
assunto começou a ser debatido, por iniciativa do senador Paulo
Davim (PV-RN), em audiência realizada nesta terça-feira (8), na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Em três meses, informou Davim,
a CAS vai aferir o avanço das negociações para solucionar os
problemas que prejudicam especialmente a população.
- Nós, no Parlamento e especificamente na Comissão de Assuntos
Sociais, nos propomos a ser catalisadores da aproximação das
instituições e das entidades de odontologia do Brasil inteiro,
disse o senador.
Paulo Davim criticou a forma com que a Agência Nacional de Saúde
(ANS) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
abordam a assistência à saúde, em que há dissociação da saúde bucal
da do resto do corpo. Ele disse que esse modo de ver a saúde se
fortaleceu ao longo do tempo, mas resulta em insatisfação da
população, bem como dos prestadores dos serviços e operadoras de
planos de saúde.
- É inconcebível, numa assistência integral, dissociar a saúde
bucal da saúde do resto do corpo, ressaltou Paulo Davim.
Priorizar o aspecto financeiro na abordagem da saúde, avaliou o
presidente da Uniodonto do Brasil, José Alves de Souza Neto,
desumaniza o processo de tratamento. Em sua opinião, deve haver
investimento para preservar a saúde das pessoas e não apenas para
tratar situações de doença.
- A forma de remuneração adotada dificulta, pois não há trabalho
preventivo, não há remuneração para o cliente bom, sadio, mas só
para o doente. Encontramos conflito, pois cada vez que o dentista
consegue reduzir o sofrimento dos pacientes, cada vez que ele
consegue saúde, é menos remunerado. Não somos remunerados por
promover saúde, ressaltou Souza Neto, ao defender melhor
regulamentação para o setor.
Também para o vice-presidente da Federação Interestadual dos
Odontologistas (FIO), Luciano Elói Santos, o Estado precisa
regulamentar a relação entre odontólogos e planos de saúde para
preservar o direito dos usuários, Para ele, a crescente demanda de
serviços odontológicos resulta numa dinâmica do mercado que explora
o trabalho do dentista. Com isso, observou, o principal prejudicado
é o usuário.
- A população merece odontologia de qualidade e o Estado deve
regular a área, destacou.
Entre as principais queixas dos usuários, informou o presidente
da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON),
José Augusto Peres Filho, estão a demora no atendimento, a
qualidade do material empregado em tratamento a pacientes de planos
de saúde e a diferenciação de tratamento entre usuários de planos
individuais e coletivos e os pacientes particulares.
- Não queremos ser injustos nem desonestos, mas a população não
deve pagar por problemas entre dentista e operadora, disse a
vice-presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO Seção
Distrito Federal), Luciana Freitas de Araújo.
Também participaram do debate o secretário-geral do Conselho
Federal de Odontologia (CFO), José Mário Morais Mateus; a
presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em
Saúde, Denise Rodrigues Eloi de Brito; e o diretor do Departamento
de Proteção e Defesa Econômica do Ministério da Justiça, Diogo
Thompson de Andrade.