A Amazon já acertou contrato com várias empresas para o uso do seu sistema de telemedicina, o Amazon Care, e vai precisar contratar milhares de funcionários para aumentar a escala do serviço, disse Babak Parviz, diretor do projeto. Em um evento do jornal “The Wall Street Journal”, Parviz diz que o serviço tem alto grau de aceitação pelos funcionários da sede da Amazon, em Seattle, que o utilizam desde 2019.
Ele explicou que o serviço começa com um atendimento automatizado que guia o usuário até uma consulta virtual com um médico. Se for necessário, o Care envia um médico credenciado para fazer uma visita ao paciente em até 60 minutos do fim da consulta virtual, para fazer exames simples e receitar remédios. “É algo bastante diferente de tudo o que já tivemos”, disse Parviz.
O componente virtual do serviço será expandido para todos os Estados americanos nos próximos meses e projetos piloto da operação completa vão ser feitos em Washington e Baltimore.
O Care é oferecido como benefício aos funcionários da Amazon e Parviz diz que o desejo é expandir o serviço para todo os Estados Unidos. Alcançar essa escala, pondera, vai exigir a contratação de milhares de funcionários.
Especialistas do setor dizem que ainda é incerto se a iniciativa da Amazon vai dar certo. Um dos caminhos é uma integração para clientes que já usam serviços da Amazon Web Services (AWS) e pode ganhar tração se os custos permitirem às empresas cortar gastos com planos de saúde
Um dos pontos de atenção é que a Amazon já conhece as dificuldades do mercado americano de saúde, altamente regulado e com complexidades regionais. A Haven, startup de saúde que a empresa fundou com o banco J.P.Morgan e com o Berkshire Hathaway, fundo de investimentos do bilionário Warren Buffett, fechou no início do ano após não ter conseguido superar essas barreiras.