Na tarde desta quinta, dia 9, o conglomerado Alfa promoveu um webinar que contou com a participação do professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Braga, sobre análise de riscos, captação de recursos e gestão de investimentos associados à temática ESG. Junto com ele, participaram Francisco Perez, diretor de novos negócios e ESG do conglomerado Alfa, e Augusto Martins, diretor de corporate & Investment Banking do Alfa.
Perez destacou que no conglomerado Alfa o ESG está estruturado em pilares. “São seis pilares que atuam em diversas áreas: aceleração de ONGs, inclusão e diversidade, engajamento das startups dentro do nosso conglomerado, engajamento institucional e produtos ESG e um último que é o de compromisso público e processos”, descreveu.
Braga fez uma análise do ESG (Environmental, Social and corporate Governance) em português, melhores práticas ambientais, sociais e de governança), apresentando a definição e o histórico. “O termo é de 2004, fruto de parceria do Banco Mundial com o pacto global da ONU e 20 instituições financeiras para obter respostas dos bancos sobre como integrar os fatores ESG ao mercado de capitais”, afirmou.
Ele prosseguiu sua apresentação falando da área ambiental. “Entre as medidas estão o uso racional dos recursos, o trabalho de redução de emissão de gases e a eficiência energética”, destacou.
Na área social, o professor da Fundação Dom Cabral lembrou que as condições de trabalho, a capacitação e o respeito aos direitos humanos são parte importante. “Ainda existe muito trabalho escravo”, ponderou.
Ele destacou ainda que haverá uma mudança geracional. “Daqui 9 anos, em 2030, 75% da força de trabalho será da geração millenial e geração z. Eles serão gestores, consumidores, é uma geração que tem outra forma de consumir, investir e reagir às notícias”, disse. Ele afirmou que pesquisas indicam que 83% das pessoas dessas gerações confiam em companhias socialmente responsáveis e 67% recomendam produtos dessas companhias.
O professor mostrou ainda que na visão dos investidores, pesquisas mostram que 35% da poupança mundial tem filtros ESG. “Ainda está muito concentrado nos Estados Unidos e Europa e o Brasil ainda tem percentuais pequenos. Apenas 5% da nossa indústria segue ESG”, destacou.
Ele disse que o saneamento está entre os títulos verdes que têm oportunidade de crescimento no Brasil. “Em termos de riscos empresariais e financeiro estão o trabalho escravo, acidentes ambientais, corrupção, no Brasil, o caso da lava jato que foi um problema de gestão, e termos ambientais, Samarco e Mariana são bons exemplos. Os grandes riscos são quase todos ambientais. São preocupações seguidas por riscos cibernéticos”, afirmou.
Confira a live completa: